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Usuários do Centro sofrem com estrutura insuficiente da
AR-Sé
A Administração Regional da Sé (AR-Sé) tem dinheiro, mas não pode
gastar." Com essa declaração, feita há pelo menos um mês, a
administradora regional da Sé, arquiteta Clara Ant, despertou
dúvidas entre a coletividade usuária dos dez distritos abrangidos
pela AR-Sé. A afirmação também revelou o possível motivo que
levaria a Regional a, após oito meses de trabalho, continuar quase
tão desestruturada como quando foi entregue à atual gestão
municipal.
Clara Ant atribui a impossibilidade de gasto a "procedimentos que
dificultam ou atrasam a execução orçamentária, mas não a impedem".
"Um exemplo é quando se torna necessária a transposição de recursos
de uma dotação para outra, como tivemos de proceder, por exemplo,
no caso da aquisição de uniformes e materiais necessários para o
trabalho dos 230 novos fiscais e agentes vistores", justifica a
arquiteta.
A contratação dos novos funcionários, porém, reflete a vagarosa mas
contínua recuperação estrutural da AR-Sé. Pouco depois de assumir a
Regional, Clara Ant apresentou a preocupante constatação de que o
órgão encontrava-se completamente sucateado. Tudo faltava na AR-Sé:
de veículos a funcionários, passando por computadores e materiais
diversos. "Comparando com a estrutura invertebrada que recebemos,
já se pode constatar uma pequena melhora, mas que ainda está longe
do mínimo necessário para responder satisfatoriamente às
necessidades da região central", admite a administradora
regional.
Segundo ela, a AR-Sé ainda precisa consolidar uma dinâmica que
garanta um rápido atendimento às demandas do cotidiano, manutenção
preventiva, fiscalização de rotina e investimentos em melhorias
significativas.
"O atendimento é o item que mais sofreu com o descaso dos governos
anteriores. É a parte que mostra a serviço de quem a Regional está
voltada", analisa Clara Ant. "A estrutura satisfatória deve
possibilitar desde o atendimento eficaz de um telefonema até o
armazenamento de informações." Uma das prioridades do órgão é
justamente a de equipamentos de informática, assim como a
capacitação de quem vai operá-los, para uma rede interna que
permita mapear e acompanhar intervenções, reclamações e propostas.
Outra necessidade da AR-Sé é a de veículos, cuja pouca quantidade e
o mau estado dos já existentes prejudica manutenções,
fiscalizações, apreensões e outras atividades. "A AR-Sé poderia dar
um salto se dispusesse de quatro veículos tipo Kombi, uma boa
caminhonete, dois caminhões carroceria com cabine dupla, um
caminhão tipo Munk e mais um tipo Cestinha", afirma a
arquiteta.
Ela espera que, até o início de 2002, as dificuldades estejam
superadas. "Até lá, pretendemos ser capazes de atender com o
respeito, a agilidade e a eficiência que todos merecem", conclui
Clara Ant. Se foi negligenciada pelas gestões anteriores, a AR-Sé
precisa ser urgentemente reconstruída. Uma Regional desaparelhada,
sem equipamentos e pessoal, não tem como cumprir as extensas e
urgentes demandas do Centro.
Opinião |
Prefeitura deve assegurar recursos
para a AR-Sé Desde janeiro, a comunidade do Centro, organizada em AÇÕES LOCAIS, com o apoio da VIVA O CENTRO, colabora ativamente com a Administração Regional da Sé. Daí não ter sentido que a manutenção urbana do Centro e a implantação dos projetos incluídos no Plano Reconstruir o Centro, iniciado no quadrilátero piloto, sigam morosas por entraves como os apontados em nossa reportagem de capa. O Centro é a própria imagem da cidade, repositório de sua memória histórica, locus das principais instituições da Justiça, das duas bolsas, Bovespa e BM&F - 40% da área ocupada pelo sistema financeiro estão localizados nos distritos Sé e República. Estão no Centro importantes instituições de ensino e os melhores equipamentos culturais de São Paulo, sete estações de metrô e duas grandes estações ferroviárias. Pelo Centro circulam diariamente 2,5 milhões de pessoas. Contudo, o Centro continua mal cuidado. Não é de grandes investimentos públicos que a região precisa, mas de rigoroso serviço de manutenção e conservação, atribuições da AR-Sé, mas a Regional continua sem meios de operar, sem condições sequer de limpar e consertar logradouros públicos na velocidade e com a qualidade que gostaria. É preciso que a prefeita cobre do secretário de Finanças os recursos necessários, e até verba emergial se for preciso, para que a administradora regional da Sé possa cumprir com suas atribuições na região central. São Paulo, dada a importância que tem para o Estado e o País, requer um Centro requalificado, multifuncio-nal, seguro, com uma bem zelada rede de espaços públicos. Só assim o Centro poderá ativar seu enorme potencial de geração de emprego e renda nas áreas de turismo, lazer, entretenimento, cultura e educação. Lapso - Diferentemente do que foi publicado na edição 61 do InterAção, não foi a Polícia Civil, mas sim a Guarda Civil de São Paulo, que recebeu bolsas de estudo da escola Yazigi. |
Praça Roosevelt, em cartaz no IAB-SP
Está aberta desde 25 de setembro a exposição de monografias,
estudos e projetos arquitetônicos sobre a Praça Roosevelt,
organizada pela AÇÃO LOCAL Roosevelt e pelo Instituto de Arquitetos
do Brasil (IAB-SP) com o apoio da Viva o Centro, que preparou uma
série de painéis sobre a situação atual do logradouro (foto).
A mostra, aberta ao público até 15 de outubro no próprio IAB-SP
(Rua Bento Freitas, 306), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h,
deverá nortear as discussões sobre a recuperação da praça. No dia 9
de outubro, às 19h30, também no IAB-SP, haverá apresentação dos
projetos em exposição e em seguida um debate com a
platéia.
BM&F recupera e mantém Praça Antonio Prado
Sob os cuidados da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) há
mais de 15 anos, a Praça Antonio Prado será agora reformada segundo
um novo conceito de manutenção, com total recuperação do piso, ação
extensiva também à Rua João Brícola. As obras, totalmente custeadas
pela BM&F, decorrem da renovação de parceria entre a bolsa, a
AÇÃO LOCAL Antonio Prado e a Prefeitura.
Centro pede o controle da panfletagem
Viaduto do Chá: distribuição de folhetos contribui para tornar as
condições de limpeza pública ainda mais precárias no
Centro
"A prática da panfletagem é abusiva. Temos que andar com a mão no
bolso, senão, em um piscar de olhos, já estamos com um folheto na
mão." A opinião é de Leda Duarte, presidente da AÇÃO LOCAL Ramos de
Azevedo. Ela não é a única a se queixar da agressiva distribuição
de folhetos em vias públicas. Toda a coletividade do Centro tem
tido problemas com o número crescente de entregadores. A prática,
embora proibida pelo Decreto Municipal 41.027, de 17 de agosto,
continua tolerada e responde por grande parte da sujeira nas ruas,
entupimento de bueiros e obstaculização da circulação de pedestres.
O decreto emitido pela atual gestão municipal revoga uma
regulamentação de 1998, que permitia a publicidade informativa e
educativa em vias públicas. Embora esteja livre das barracas de
camelôs durante o horário comercial, a Rua Barão de Itapetininga,
por exemplo, ainda é alvo do excesso de entregadores de folhetos.
"Temos de ser criteriosos. Ao mesmo tempo em que a panfletagem deve
ser proibida, os trabalhadores contratados para fazê-la devem ser
absorvidos por outras funções", diz Carlos Beutel, presidente da
AÇÃO LOCAL Barão de Itapetininga.
Atores mobilizam coletividade para "mutirão lúdico"
A comissão organizadora que trabalha para a fundação da AÇÃO LOCAL
Ladeira da Memória e os atores da Cia. Pessoal do Faroeste
realizam, em 6 de outubro, um "mutirão lúdico" de limpeza na
Ladeira da Memória e ruas Álvaro de Carvalho, Quirino de Andrade e
João Adolfo. O início do mutirão acontece às 10h na Rua Quirino de
Andrade, defronte ao Edifício Maracanã, e o evento culminará com
uma apresentação artística no Largo da Memória.
Prossegue a Operação Belezura no Centro
A Rua da Consolação, o Viaduto 9 de Julho e as avenidas São Luiz e
Rio Branco estão sendo alvos, nos fins de semana de setembro, de
Operação Belezura promovida pela Administração Regional da Sé
(AR-Sé), Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) e Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET). Nesse caso específico, a operação visa
melhorar o escoamento das águas, a fim de evitar enchentes no
próximo verão. Desobstrução de bueiros, varrição das ruas, coleta
de lixo, raspagem e pintura de guias e postes e capinagem de
canteiros compõem o roteiro.
Engraxates devem ficar na Praça D. José Gaspar
Resultante da luta da Associação dos Engraxates em Vias Públicas no
Município de São Paulo (Assenvipu), presidida por José Gama, também
diretor setorial de Defesa Civil da Ação Local D. José Gaspar, o
projeto Corredor Cultural, elaborado pela Empresa Municipal de
Urbanização (Emurb) e que visa à recuperação da Praça D. José
Gaspar e entorno, vai agregar os engraxates da área, com um
detalhe: eles irão trabalhar em cadeiras-padrão.
Avanhandava pede e recebe reformas urgentes
Encaminhamento de moradores de rua, remanejamento de pontos de
ônibus, instalação de lixeiras e melhoria da arborização e
iluminação são algumas das reivindicações feitas pela AÇÃO LOCAL
Avanhandava aos órgãos municipais para sua área. O núcleo já obteve
da AR-Sé promessa de recuperação da Praça O Recanto do Palhaço
Sputnik, na junção das ruas Avanhandava e Frei Caneca; e do Governo
do Estado, recebeu um posto da Polícia Comunitária Móvel. Para os
demais projetos, a AÇÃO LOCAL busca patrocínio de
empresas.
Furtos em monumento alarmam AÇÃO LOCAL
A AÇÃO LOCAL São João/Júlio Mesquita, que vem desenvolvendo
importante trabalho pela recuperação da Praça Júlio Mesquita,
alerta para o freqüente furto de peças de bronze que compõem as
esculturas com figuras marinhas da fonte. Segundo os integrantes da
AÇÃO LOCAL, quando se obtiver patrocínio para recuperar a fonte,
que é o mais antigo chafariz luminoso da cidade, pouco terá sobrado
para ser restaurado.
"Lixo perigoso" exige revisão da lei
Se a quantidade astronômica de lixo comum produzida no Centro já
preocupa seus usuários, a geração e a destinação de resíduos
sólidos que causam potencial risco à saúde pública e ao
meio-ambiente necessitam de um cuidadoso estudo. Afinal de contas,
a região central concentra um grande número de hospitais,
farmácias, estúdios de tatuagem, tatuadores ilegais e empresas que
comercializam lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias. São esses
os principais produtores do chamado "lixo perigoso", como sangue,
secreções corporais, seringas, agulhas, curativos e substâncias
químicas tóxicas. Quanto a pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes
e monitores (foto), não há um serviço público que receba e dê
destino correto a esse tipo de material. Os próprios fabricantes e
vendedores desses produtos seriam, como determina a legislação
federal, os responsáveis pelo recolhimento do material inutilizado,
mas na prática não é o que acontece. Questionado sobre o destino do
material utilizado pelos tatuadores de rua que ocupam a Avenida São
João, o diretor do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), Marcos
Antônio Fialho, surpreendeu-se por não existir uma legislação que
trate do assunto. A resolução nº 5, de 1993, determina o trato e a
destinação do lixo de farmácias e de hospitais, mas não menciona
sequer os tatuadores profissionais. Como o Centro abriga muitos
desses profissionais, a lei precisa ser urgentemente revista, para
que os tatuadores legais possam receber coleta especial por parte
do Limpurb. Os irregulares, porém, devem ser imediatamente
retirados das ruas, por serem responsáveis por um seríssimo
problema de saúde pública, já que geralmente utilizam materiais não
descartáveis e os aplicam até mesmo em animais.
AL João Mendes insiste na recuperação da praça
A AÇÃO LOCAL João Mendes está estabelecendo incansáveis contatos
com a Prefeitura a fim de ter aprovado um projeto de recuperação da
praça, elaborado em 1999 em conjunto com a Empresa Municipal de
Urbanização (Emurb) e aprovado pelo ProCentro. Na época,
importantes entidades se disponibilizaram a patrociná-lo, como o
Banespa, a Nossa Caixa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a
Livraria Saraiva, entre outras, mas o aval definitivo da
administração municipal ainda precisa ser dado.
Praça Paulo Duarte abriga Festa de São Francisco
A AÇÃO LOCAL São Francisco promove, de 25 de setembro a 4 de
outubro, a Novena e a Festa de São Francisco, com missas e eventos
especiais na Praça Paulo Duarte. No período, a coletividade
organizada realizará plantio de árvores, distribuição de sementes,
palestras, seminários, shows musicais, demonstração de animais
amestrados, concurso de animais e brincadeiras.
Circuito Vila Buarque de Educação e Cultura
Pensando no grande número de centros de cultura e educação
existentes na Vila Buarque, a Ação Educativa - Centro de Juventude
e Educação Continuada, em conjunto com mais 17 entidades, criou em
julho o Circuito Vila Buarque de Educação e Cultura. A idéia é a
consolidação de um pólo cultural e educacional vigoroso, que se
estenderia a oeste até o Pacaembu e ao Centro até a Sé, passando
por Santa Cecília e pela Luz. Algumas das medidas já tomadas são a
criação de uma agenda comum de programações, realização de reuniões
mensais, de um seminário sobre circuitos culturais, com data a
definir, e de uma feira de livros antigos, em elaboração. O tel. do
Circuito é 3151-2333 (ramais 146/147).