InterAção

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EDIÇÃO: 78

Criança, entre as prioridades da AÇÃO LOCAL Maria Paula 


Em sintonia com o mês da criança, a AÇÃO LOCAL Maria Paula está dando força total ao Projeto Ser Criança, criado no Natal do ano passado pelas comerciárias Michele Tatiana Souza e Solange Batista para atendimento a crianças e adolescentes carentes dos vários cortiços existentes na microrregião. "A Câmara Municipal já nos cedeu um espaço aos sábados para atividades educativas e de recreação", comemora a presidente da AÇÃO LOCAL Maria Paula, Eleonor Miniaci. "Mas como temos crianças de diferentes idades e o ideal seria trabalhar com elas ao menos mais dois dias por semana, agora estamos solicitando ao poder público ou à iniciativa privada um lugar fechado, com salas para um trabalho mais adequado a cada faixa etária." O núcleo está, ao mesmo tempo, cadastrando as famílias dessas crianças, algo que se reveste de especial importância porque não se detectou nenhuma família de baixa renda, moradora no Centro, beneficiada por programas municipais como o Renda Mínima. Comunicada do fato, a Secretaria da Assistência Social (SAS) já providenciou a abertura de vagas nesses programas para essas famílias. 

Metrô e AÇÃO LOCAL Anhangabaú realizam programa conjunto em apoio à infância 


Pelo menos oito entidades que prestam assistência a garotos e garotas em situação de rua no Centro, entre elas a Fundação Projeto Travessia, de que a Viva o Centro faz parte, mas também a Jocum, Cheiro de Capim, Cedeca e outras, têm convidado a garotada toda terça-feira, das 14 às 16h, para atividades culturais de desenho e pintura em um espaço no Metrô Anhangabaú. A iniciativa partiu do supervisor geral da própria Estação Anhangabaú e diretor de Defesa Civil da AÇÃO LOCAL Anhangabaú, Roberto Ishiba. A finalidade, além de propiciar recreação às crianças, é aproximá-las de funcionários e usuários do metrô e, ao mesmo tempo, convencê-las da importância de preservar esse que é o transporte mais rápido e bem mantido de toda a cidade. "Avalio a experiência como um grande desafio, mas também alimento a esperança de que produzirá bons frutos", diz Ishiba. 

Opinião
O ciclo de palestras com representantes do poder público que a Associação Viva o Centro vem propiciando a dirigentes e integrantes das AÇÕES LOCAIS - a primeira fase em agosto/setembro, a segunda em outubro/novembro (ver nossa seção Fique por Dentro, na última página) - está adquirindo o caráter de fórum permanente de debate, sugestões e interatividade entre a coletividade e a Prefeitura e órgãos do Governo do Estado. Os encontros têm sido tão produtivos que os elogios começam a chegar à coordenação do Programa AÇÃO LOCAL na forma de cartas de parabenização pela iniciativa. 

As cartas apontam a importância de se tomar conhecimento dos problemas enfrentados em cada microrregião, das melhorias que têm sido providenciadas pelo poder público, dos projetos em andamento, do tipo de colaboração que pode ser estabelecido entre cada AÇÃO LOCAL e os diferentes órgãos municipais e estaduais, e que iniciativas conjuntas podem produzir um Centro mais dinâmico e acolhedor para todos. Trata-se de pôr em prática a tão apregoada sinergia, que nada mais é do que o ato ou o esforço coordenado de vários atores sociais, no caso, em torno de uma ação visando a um objetivo comum: a requalificação do Centro da cidade de São Paulo. 

Ao fim de cada um desses encontros chega-se à conclusão de haver uma confluência de propósitos por melhorias na zeladoria urbana e por articulações para uma efetiva inclusão social a partir do Centro. Esse tipo de interação sociedade/governo, naturalmente, só floresce em ambientes democráticos, na medida em que população e governantes percebem ser impossível gerir uma cidade com alguma competência sem a participação ativa da sociedade civil.



Abaixo-assinado contra o barulho 

A AÇÃO LOCAL Barão de Itapetininga colheu, em apenas dois dias, 600 assinaturas da coletividade pedindo providências do poder público para conter a poluição sonora causada por camelôs que vendem CDs na microrregião e os colocam em demonstração a todo volume. Cópias do documento foram entregues ao diretor do Psiu, Rosano Pierri Maieto (quando de sua palestra na Viva o Centro), ao secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, à prefeita Marta Suplicy e ao subprefeito da Sé, Sérgio Torrecillas. 


Calçada ou refeitório? 

Lanchonete avança sobre calçada e leito carroçável, na Rua do Ouvidor, sem que nenhum fiscal exerça sua prerrogativa de impedir a apropriação do espaço público. 

Secretário de Segurança Urbana propõe às AÇÕES LOCAIS integrar comissões de segurança 

Em sua segunda palestra, realizada na VIVA O CENTRO para dirigentes da entidade e participantes das AÇÕES LOCAIS, o secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Mariano, já trouxe respostas a reivindicações formuladas durante sua primeira visita. Confirmou a criação de pelo menos três comissões civis comunitárias com caráter deliberativo nos distritos Sé e República. Essas comissões contarão com a participação das AÇÕES LOCAIS que terão reuniões periódicas com um representante da secretaria para que esta, assim que for possível, possa implementar as sugestões vindas da comunidade para melhorar a segurança na região. O secretário anunciou, além disso, a instalação para breve da Inspetoria da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Praça Roosevelt e a criação de pelo menos oito bases comunitárias da GCM por toda a região da Subprefeitura da Sé. No Centro, a primeira já foi inaugurada na Praça da República e outras duas serão instaladas nas praças da Sé e Ramos. 


AÇÕES LOCAIS se reorganizam 

Duas AÇÕES LOCAIS - Praça da Sé e Líbero II - reorganizaram-se nas últimas semanas em reuniões nas respectivas áreas, elegendo suas novas diretorias. Entusiasmados, os dirigentes eleitos prometem intensificar as gestões junto ao poder público por melhorias na zeladoria urbana. Ao mesmo tempo, continuam ascendentes os números do ranking das AÇÕES LOCAIS com mais conselheiros: Maria Paula (88), Nove de Julho I (84), Pátio do Colégio/Boa Vista (78), Paissandu (75) , Barão de Itapetininga (60) e 24 de Maio (50). 

Festa tem o apoio da AÇÃO LOCAL São Francisco 

São Francisco, um dos santos mais queridos e populares do país, além de patrono da ecologia, foi homenageado recentemente em uma das mais tradicionais festas do Centro, no largo de mesmo nome. Os festejos, promovidos pelo Convento São Francisco, que acaba de completar 355 anos de existência, tiveram apoio da AÇÃO LOCAL São Francisco e intensa programação. Neste ano, além das celebrações litúrgicas e da bênção de animais de estimação e plantas, também houve quermesse, palestras e exibições artísticas. 

Passeio em prol do patrimônio histórico no Centro 

O DPH, com apoio da Viva o Centro e da AÇÃO LOCAL Barão de Itapetininga, realizou no final de setembro uma animada visita monitorada ao quadrilátero piloto do Programa Reconstruir o Centro, em implementação pela Subprefeitura da Sé. Finalidade: reconhecimento dos prédios tombados pelo patrimônio e estímulo à sua conservação por parte dos proprietários e participantes do passeio, a maioria deles integrantes de AÇÕES LOCAIS, além de vários convidados. 

Fundação Projeto Travessia amplia atendimento na cidade 

A Fundação Projeto Travessia, de que a Viva o Centro faz parte, está preparando 66 educadores de rua, a partir de convênio recém-assinado com a Secretaria de Assistência Social do município (SAS), para atuar no chamado centro expandido. O objetivo é o da reinserção familiar de meninos e meninas que se encontram em situação de rua. Na verdade, a Fundação Projeto Travessia está ampliando o trabalho que já vinha desenvolvendo no Distrito Sé, desde 1996. Diariamente educadores realizam atividades educativas nas ruas com crianças e adolescentes para que deixem de utilizá-las como espaço de permanência de moradia. Os vínculos de confiança, construídos nesses encontros com os educadores, são fundamentais para que meninos e meninas possam elaborar projetos de vida fora das ruas. Trata-se, portanto, de um trabalho que, apesar de levar algum tempo e demandar um pouco de paciência da comunidade para ver resultados, tem se mostrado o mais eficaz na reinserção social dos jovens. 

Tráfego excessivo de ônibus no Corredor Cultural preocupa AÇÃO LOCAL Xavier de Toledo 


Entusiasmados com o início das obras do Corredor Cultural, hoje no entorno do Teatro Municipal, mas que nas fases seguintes atingirão também a Rua Xavier de Toledo e toda a Praça D. José Gaspar, com uma série de obras para melhorar o passeio público, dirigentes e integrantes da AÇÃO LOCAL Xavier de Toledo têm uma dúvida: como ficarão os pontos e terminais de ônibus existentes hoje no logradouro, haverá mesmo alterações? 

Hoje a Xavier de Toledo é abastecida por 57 linhas de ônibus, algumas deslocadas do antigo terminal da Praça do Patriarca, totalmente pedestrianizada depois da reforma, e possui 14 pontos terminais. Em horários de pico, dessas linhas chegam a trafegar pela Xavier 296 ônibus/hora, segundo informações da Secretaria Municipal de Transportes. Nesses momentos, muitos ônibus param em fila dupla, por absoluta impossibilidade de encostar no meio fio, o que aumenta os índices de poluição e o congestionamento na microrregião. Mas a promessa é de mudança, até para atender ao estabelecido no Projeto do Corredor Cultural, elaborado pela Emurb. 

"A Diretoria de Planejamento Operacional da SPTrans desenvolve no momento um estudo para reduzir de 57 para 49 o número de linhas que circulam pela Xavier e de 14 para 7 o número de pontos terminais", explica Bruno Queiroz, assessor técnico da Secretaria Municipal dos Transportes. "As demais linhas serão atendidas por três pontos de passagem, no sistema circular." Para acabar com as filas duplas, Queiroz diz que haverá um controle maior da fiscalização e que também se estuda uma nova dinâmica de embarque e desembarque de passageiros. "O novo esquema, casado com os trabalhos da Emurb, pode ser implantado até o final de janeiro, quando se prevê a finalização das obras na Xavier." 

Foto: Marcelo Santos 

Novidades da Limpurb para melhorar limpeza do Centro 

O diretor do Limpurb, Gilson Lameira, trouxe boas novidades à reunião que manteve com dirigentes da Viva o Centro e das AÇÕES LOCAIS, dentro do Ciclo de Palestras que vem sendo realizado na sede da associação. A Prefeitura está implantando um novo esquema de limpeza nos distritos Sé e República, contemplando, entre outras mudanças, a lavagem dia sim dia não do calçadão do Anhangabaú e da Praça Ramos. Ainda segundo Lameira, pelo contrato anterior de varrição e coleta de lixo somente as sarjetas constavam nas obrigações da empresa que ganhava a licitação, agora também as calçadas do Centro devem ser varridas regularmente. Mas não é só. A região recebeu novas lixeiras, sendo a empresa responsável por instalá-las também obrigada a fazer a manutenção, limpeza e/ou reposição das caixas quando necessário. Por fim, chegaram novas máquinas ao Centro: uma para recolher dejetos de cães e uma mini-vã mais ágil para a coleta do lixo em calçadões. De fato, o Centro está ficando mais limpo. 

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