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AÇÕES LOCAIS apoiam projetos para incentivar o uso residencial
do Centro
Integrantes de entidades da sociedade civil, como as AÇÕES LOCAIS,
interessaram-se e têm difundido o cadastramento para planos
habitacionais direcionados à região central, que estão sendo
organizados pela Prefeitura, representada pelo ProCentro, e pelo
Governo Federal, por intermédio da Caixa Econômica Federal (CEF).
Estima-se em 20% o número de imóveis vazios no Centro,
hoje.
Entre as propostas, a principal consiste na reciclagem de prédios
vazios ou subutilizados com a finalidade de gerar unidades
habitacionais para pessoas de diferentes classes sociais. O
programa que tem despertado maior interesse é o Plano de
Arrendamento Residencial (PAR), exposto à coletividade pela
vice-presidente do ProCentro, Helena Menna Barreto Silva, em uma
das reuniões da Escola de Cidadania Urbana.
O PAR dirige-se a grupos formados por trabalhadores que ganham até
seis salários mínimos. Não há cadastramento individual, por isso o
ProCentro recomenda aos interessados vincularem-se a alguma
entidade. Uma vez formados, os grupos irão pesquisar edifícios à
venda e negociar a compra com os proprietários. Caberá ao
ProCentro, então, fazer uma análise de pré-viabilidade - o preço do
imóvel, somado ao custo da reforma e dividido pelo número de
apartamentos deve resultar em menos de R$ 25 mil por unidade - e
apresentar um orçamento à CEF. Se aprovada a proposta, cada morador
receberá seu apartamento pronto para morar e pagará cerca de R$ 175
mensais. Ao final de 15 anos, se pagar corretamente a mensalidade e
não repassar o imóvel, torna-se seu proprietário.
Algumas propostas já estão sendo analisadas pelo ProCentro e pela
CEF. Uma delas é proveniente da AÇÃO LOCAL 24 de Maio. "A melhor
maneira de recuperar o Centro é voltar a ocupá-lo", acredita o
presidente do núcleo, Carlos Roberto Bomfim. "Para isso, o poder
público também deve construir moradias em terrenos vazios e criar
oferta de escolas, hospitais e outros estabelecimentos
essenciais."
Existem, também, outros programas financiados pela CEF, inclusive
destinados às classes média e média-alta. E há, ainda, o plano da
Prefeitura de recuperar conjuntos inteiros para moradia em quadras
a ser definidas proximamente. Além disso, a Comissão de Estudos
sobre Habitação na Área Central, instalada na Câmara para
diagnosticar e propor soluções para os problemas habitacionais do
Centro, entregou em 19 de setembro seu relatório final, que deve
gerar projetos legislativos com a mesma finalidade a serem enviados
posteriormente ao Poder Executivo.
Opinião |
O mês de outubro é de festa para a
região central da cidade: são 10 anos da Associação Viva o Centro e
6 anos do Programa AÇÃO LOCAL. Há uma década, quando tudo começou, o Centro não passava de região abandonada, necessitada de recuperação e, acima de tudo, sem espaço na mídia e na agenda das prioridades da Prefeitura e do governo do Estado. Passo a passo, a Viva o Centro mobilizou e conscientizou a sociedade para a importância de construir uma representatividade do Centro, que lutasse por melhorias urbanas e sociais há muito reclamadas. Em seguida, criou o Programa AÇÃO LOCAL, no qual moradores e usuários de cada rua, de cada microrregião, articularam-se para exercer a zeladoria cidadã do espaço público. De lá para cá, o Centro mudou, graças à feliz dobradinha da Viva o Centro com as AÇÃO LOCAIS e de ambas com os poderes públicos municipal e estadual e iniciativa privada. Novos equipamentos culturais surgiram, como a Sala São Paulo e o Centro Cultural Banco do Brasil. Praças como a Ramos de Azevedo e Desembargador Mário Pires, largos como o de São Bento e do Ouvidor foram recuperados e tornaram-se motivo de orgulho para todos os paulistanos. Até os canteiros da Praça Roosevelt foram reajardinados. Aos poucos, a questão dos camelôs vai sendo equacionada. Uma ambulância, mantida por uma seguradora, presta socorro de urgência nos distritos Sé e República, liberando a PM para dedicar-se exclusivamente ao policiamento. No Centro, aliás, a experiência do policiamento comunitário já fez quatro anos, mesma idade dos cursos gratuitos de alfabetização de adultos, patrocinados por AÇÕES LOCAIS e empresários do Centro. Cooperativas de catadores de papel foram estruturadas por AÇÕES LOCAIS e hoje servem de modelo para iniciativas semelhantes em outros bairros de São Paulo e outras cidades do Estado. Todo domingo tem festa na Praça Júlio Mesquita. As crianças e adolescentes do Carmo, além de jogar futesal toda a semana, têm aulas de inglês e espanhol gratuitas. Enfim, já se fez muito e muito ainda há por fazer. Importante é que o Programa AÇÃO LOCAL tornou-se uma referência em matéria de organização da sociedade. Por ocasião de seu 10º aniversário a Viva o Centro tem muito para mostrar e as AÇÕES LOCAIS estão entre as realizações mais notáveis desse período. |
Um book com a história da AL Rua São Bento
A exemplo da AÇÃO LOCAL Pátio do Colégio/Boa Vista, que em 1998
lançou uma compilação de suas iniciativas, a AÇÃO LOCAL Rua São
Bento acaba de produzir um book arrolando todos os projetos
desenvolvi dos pela entidade nos últimos anos, além da história do
núcleo e da rua e listagem de seus diretores. As duas publicações
são ótimas referências sobre o que as AÇÕES LOCAIS podem fazer pelo
Centro.
Em linha direta com a Viva o Centro
A Viva o Centro aprimora seu atendimento ao Programa AÇÃO LOCAL com
a criação de endereços eletrônicos e de linhas telefônicas para
contato direto com seus departamentos e respectivos funcionários.
Anote: Coordenação do Programa AÇÃO LOCAL: 3398-8807 ou 232-3415,
teresinha@vivaocentro.org.br, com Teresinha Santana; Assessoria de
Imprensa/Redação dos boletins InterAção e informe: 3398-8801,
aline@vivaocentro.org.br, com Aline Gattoni.
EM FOCO |
Futuro da Roosevelt em pauta no
IAB Neglicenciada por muitos anos, a Praça Roosevelt finalmente volta a ser o foco das atenções por parte da administração pública municipal. Após passar por uma recuperação de urgência, com reformulação do jardim do pavimento térreo, estuda-se a nova iluminação da praça e a completa recuperação do logradouro. Para isso, com o apoio da Viva o Centro, os muitos projetos arquitetônicos e estudos sobre a Roosevelt - já desenvolvidos por órgãos como Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) - foram reunidos na exposição "Um Espaço a Ser Recuperado: Projetos e Utopias", no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP), à Rua Bento Freitas, 306. A mostra norteou um debate no dia 9 de outubro, no mesmo local. Na ocasião, autoridades, arquitetos, engenheiros e representantes do poder público e da coletividade, além da Viva o Centro, fizeram um balanço das propostas existentes para melhorar a praça. "Nossa meta é provar o potencial de lazer e cultura que a Roosevelt possui, já que hoje só se fala sobre seus problemas", diz a diretora de Promoção Social da AÇÃO LOCAL Roosevelt, Nair Fiorot. Cultura faz do Centro um show aos domingos O centro, com a maior concentração de equipamentos culturais de São Paulo, passa a ocupar lugar de destaque entre as opções de entretenimento e lazer oferecidas pela cidade. Todos os domingos às 10h, até o final do ano, a Secretaria de Estado da Cultura aciona o programa "São Paulo é um espetáculo". O leque de atrações, que toda semana terá uma novidade, vai de concertos a shows, exposições a performances de rua . Detalhe: o ingresso mais caro custa apenas R$ 1. Compõem o leque, a feira de artes e artesanato da Praça Júlio Prestes; as Exposições (Grátis) de Rodin e História em Quadrões, de Maurício de Souza, na Pinacoteca; e o calçadão cultural, caminho da Júlio Prestes à Estação da Luz, Com músicos, mímicos, palhaços e a máquina do tempo (fotos polaroid tiradas com pessoas trajando roupas antigas). Na Praça da Luz, em conjunto com a Federação Paulista de automóveis antigos e apoiada Pela AÇÃO LOCAL Rua São Bento, a Secretaria promove todo primeiro domingo do mês uma exposição de carros antigos. Às 11h tem concerto para a juventude na sala São Paulo, a R$ 1, e passeio de jardineira saindo da Praça Júlio Prestes. A partir do meio-dia dá para conferir a galeria do brinquedo, no estacionamento do complexo Júlio Prestes. Por fim, entre 14 e 17h, chorões famosos fazem a festa na Praça do Choro, defronte a Sala São Paulo. AR-Sé estuda recuperação na Maria Paula Depois de enviar ofício à Administração Regional da Sé (AR-Sé), a AÇÃO LOCAL Maria Paula conquistou a reforma da Praça Craveiro Lopes, localizada próxima à Câmara Municipal, e de todos os canteiros das ruas no entorno. No dia 20 de outubro, os moradores da região se encontrarão para discutir o andamento das obras. A previsão é de que a praça possa ser entregue à população completamente renovada até meados de dezembro. Estacionamento irregular de táxi bloqueia acessos Uma grande quantidade de táxis têm fechando o acesso ao quadrilátero compreendido entre as ruas Conselheiro Crispiniano e 7 de Abril e as avenidas Ipiranga e São João, alvo do programa municipal Reconstruir o Centro, e isso está preocupando a coletividade. Segundo a Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal dos Transportes, é o Departamento de Transportes Públicos da secretaria o responsável pelo cadastramento de pontos e de veículos. A fiscalização fica a cargo também da SPTrans e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O que se vê, porém, é que as irregularidades acontecem às vistas dos funcionários públicos, sem que nenhuma providência seja tomada. O telefone para denúncias desse tipo é 158. Viva o Centro contra a poluição sonora Apesar de diversas queixas de moradores e trabalhadores do Centro, a poluição sonora continua sendo um dos graves problemas da região. Além de camelôs, também alguns lojistas insistem em manter caixas de som voltadas para a rua, com vendedores bradando ao microfone ou músicas tocando no último volume. Não bastasse, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei, de autoria do vereador Carlos Apolinário (PGT), que ameniza a punição a templos evangélicos denunciados por poluição sonora, devido a uma suposta "troca de favores" entre vereadores e comunidade evangélica. O projeto determina que os decibéis passariam a ser medidos da casa do reclamante e não junto à fonte produtora de ruído, entre outras facilidades. Resta saber se a prefeita Marta Suplicy, a exemplo do que fez o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, vetará o projeto. Com o intuito de tentar resolver definitivamente a questão da poluição sonora no Centro, a partir desde número o InterAção receberá denúncias feitas por usuários do Centro pelo e-mail aline@vivaocentro.org.br. Posteriormente, a Viva o Centro encaminhará ofício com o resultado da pesquisa à Prefeitura e também aos proprietários dos estabelecimentos denunciados. Mosteiro abriga 8º Festival São Bento de Órgão O Mosteiro de São Bento, no Largo São Bento, realizará, de 23 de outubro a 11 de dezembro, a oitava edição do Festival Internacional São Bento de Órgão. Considerado um dos melhores festivais de órgão do mundo, o evento ocorrerá sempre às terças-feiras, às 20h30. O tema dos concertos deste ano será a organística norte-americana, com destaque para os intérpretes Paul Jacobs e Frederick Swann. O festival tem entrada franca, acesso pelo metrô São Bento e Anhangabaú e também contará com serviço de manobristas no local. O evento é patrocinado pela Fundação BankBoston, com apoio da Viva o Centro. AL Barão de Itapetininga rumo à coleta seletiva O Núcleo de Educação Ambiental do Centro Expandido (NEA-Centro) e a AÇÃO LOCAL Barão de Itapetininga estão preparando a primeira oficina para implantar a Agenda 21 no Condomínio Edifício Rio Branco, no 140 da Barão, com programas de reciclagem de lixo, reaproveitamento e tratamento de água, organização de catadores de papelão e educação dos agentes produtores de lixo. Ao mesmo tempo, a AÇÃO LOCAL articula com outras entidades um plano de coleta seletiva para toda a rua. Os interessados em participar devem procurar Carlos Beutel, no tel. 256-7909. Festa de São Francisco alegra Largo do Ouvidor A AÇÃO LOCAL São Francisco, em conjunto com escolas, empresas e igrejas situadas na região do Largo São Francisco, mobilizou-se para realizar uma bela Festa de São Francisco no Largo do Ouvidor, entre 25 de setembro e 4 de outubro. No local, houve shows musicais, palestras ao ar livre, danças, jogos, exibição de filmes e até mesmo rodas de capoeira. Devido à recente recuperação da praça e à diversidade de atrações, foi grande a freqüência de público no evento. Segurança em debate no auditório da Unesp Foi realizado em 3 de outubro, no auditório da Unesp, na Praça da Sé, um importante fórum sobre segurança na região central, promovido pela AR-Sé. O evento, que contou com diversas autoridades e representantes de AÇÕES LOCAIS, enfocou os novos planos de combate à violência e possíveis parcerias entre os governos estadual e municipal. Em nome da Prefeitura falou o ouvidor Benedito Mariano e, pelo Governo do Estado, Fábio Bonini, presidente da Comissão de Coordenação do Programa Centro Seguro, da qual faz parte a Viva o Centro, que deu detalhes sobre o plano de reforço da segurança no Centro, em fase de elaboração. |