Uma entidade promotora de desenvolvimento urbano, social e funcional no Centro de São Paulo.
Saiba Mais +Visam fortalecer a comunidade do Centro de São Paulo e melhorar a qualidade do espaço público da área.
Saiba Mais +Mais de 4 mil títulos e mais de 18 mil imagens.
Saiba Mais +Associe-se, seja um voluntário, participe de nossos programas, projetos e campanhas. Usufrua da Rede de Benefícios Viva o Centro.
Saiba Mais +O Centro ao seu alcance. Venha viver o Centro!
Saiba Mais +O que vai pela Viva o Centro, nas Ações Locais e no cotidiano da região. Envie a sua informação.
Saiba Mais +Fundação da cidade e a formação do Triângulo Histórico
A escolha da colina pelos jesuítas portugueses para a fundação de São Paulo, em 1554, se deve a uma combinação de fatores. Sua topografia estratégica, para a defesa do povoado, é o mais conhecido por todos. Todavia, o sucesso da povoação no seu início é mais intimamente ligado à cooperação entre portugueses e indígenas. O terreno usado para erguer as primeiras construções de São Paulo foi cedido pelos guaianazes, em área adjacente à sua ocara. Havia então, mútuos interesses. Com essa vizinhança os portugueses poderiam se apropriar do conhecimento dos indígenas sobre o território e seu savoir-faire, ou das inúmeras vantagens que um relacionamento pacífico pudesse trazer. Ademais, o sítio não havia sido gratuitamente escolhido pelos guaianazes.
Situado entre vales, com trechos de matas e imensas várzeas cobertas de capim, em parte inundáveis na época das chuvas, era uma área rica em peixes, aves e caça de pêlo. Os campos mostraram-se adequados ao plantio de legumes, verduras e frutas, além de propícios para a criação de gado europeu. Em termos econômicos, os indígenas sabiam que os jesuítas lhes forneceriam as ferramentas que precisavam para trabalhar a terra e produzir seus artefatos. O início de São Paulo foi marcado pela convivência harmoniosa entre portugueses e nativos na colina onde se formaria o Triângulo Histórico.
Em taipa de pilão, técnica que viria a se tornar uma tradição paulista, foram construídos os edifícios do povoado. O traçado inicial de São Paulo se deu em função dos caminhos indígenas existentes, que foram incorporados pelos portugueses como acessos à vila e cristalizados ao longo da história a ponto de os percorrermos até hoje. Na construção dos muros de proteção do povoado, essas entradas foram mantidas desimpedidas, e, conseqüentemente, deram origem ao arruamento externo. Com a chegada das outras ordens religiosas dos Carmelitas, Beneditinos e Franciscanos, e a construção de seus conventos nas bordas da colina, a estrutura para formação morfológica do Triângulo Histórico estava pronta.
A cidade começava a se esforçar para estabelecer alguma disciplina em seu urbanismo. As ruas São Bento e Direita se cruzam em ângulo reto, e com larguras uniformes mesmo sendo extensas. Esse detalhe demonstra que as vias foram executadas sob supervisão de um profissional treinado. A esquina despertava a atenção dos moradores, que a apelidaram de "quatro cantos". Em 1640, a Câmara dos Vereadores estabeleceu que todas as novas construções da cidade fossem aprovadas por ela.
São Paulo foi crescendo lentamente enquanto os paulistas povoavam o planalto em todas as direções, multiplicando os núcleos da capitania. Em 1682, a cidade tornou-se sede da capitania, sendo suas atividades mais relevantes do que as das vilas do litoral. Em 1711, a vila foi elevada à cidade pela coroa portuguesa, com aproximadamente 210 casas e menos de mil habitantes. Sua importância regional já se evidenciava pelo fato de ter se tornado um entreposto comercial ainda em pequena escala.
Devido à sua importância para a história não só do Centro de São Paulo, mas também para a cidade como um todo, o Triângulo Histórico foi o local escolhido como base da Aliança pelo Centro Histórico de São Paulo, programa de zeladoria urbana e marketing local implementado pela Associação Viva o Centro em agosto de 2009.