Uma entidade promotora de desenvolvimento urbano, social e funcional no Centro de São Paulo.
Saiba Mais +Visam fortalecer a comunidade do Centro de São Paulo e melhorar a qualidade do espaço público da área.
Saiba Mais +Mais de 4 mil títulos e mais de 18 mil imagens.
Saiba Mais +Associe-se, seja um voluntário, participe de nossos programas, projetos e campanhas. Usufrua da Rede de Benefícios Viva o Centro.
Saiba Mais +O Centro ao seu alcance. Venha viver o Centro!
Saiba Mais +O que vai pela Viva o Centro, nas Ações Locais e no cotidiano da região. Envie a sua informação.
Saiba Mais +A Associação Viva o Centro recebeu na manhã de hoje a arquiteta Nádia Somekh, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) e diretora do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Nádia Somekh concedeu uma palestra sobre a importância do patrimônio histórico na recuperação do Centro.
A palestrante começou por
salientar a importância de zelar pelo patrimônio histórico.
"Preservação significa não só tombar. Tombar é o primeiro passo.
Tombar, restaurar e conservar são três passos que precisam
acontecer para que tenhamos um patrimônio adequado".
Tendo assumido os cargos no DPH e no CONPRESP no final de
fevereiro deste ano, Nádia Somekh apresentou à plateia cinco eixos
do trabalho que será realizado doravante.
A primeira etapa é de inserção urbana e urbanística. Para Nádia Somekh "é preciso entender o patrimônio não como parte isolada, mas como parte da cidade. E não só como questão de urbanidade, mas como questão de projeto". Para tal, a presidente do CONPRESP defende a qualidade ao invés da quantidade. Ou seja, é necessário valorizar o edifício tombado em vez de realizar tombamentos que podem ser preteridos. Desta forma, o bem cultural ganha significância, reproduzindo assim a história da cidade. "Temos que fazer com que a sociedade compreenda que o tombamento não é um congelamento, mas sim uma agregação de valor", explicou Nádia Somekh.
A diretora do DPH falou também sobre como os órgãos que lidera deverão atuar perante situações de tombamento de edifícios. "O DPH e o CONPRESP estão sendo reorganizados. Queremos que o CONPRESP aplique as multas, faça uma gestão de um fundo para ter dinheiro para recuperar os edifícios públicos e privados", afirmou Nádia.
A palestrante também afirmou que há planos específicos para a área central, nomeadamente, para a colina histórica do Pátio do Colégio, Praça Ramos de Azevedo e galerias Formosa e Prestes Maia.
O segundo ponto a ser trabalhado
é a valorização econômica e social. De acordo com Nádia Somekh, é
necessário reorganizar os fundos provenientes do Fundo de
Desenvolvimento Urbano (FUNDURB), do Fundo Municipal de Preservação
do Patrimônio Histórico e Cultural (FUNPATRI) e do Fundo de
Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano
(FUNCAP).
Além disso, Nádia Somekh frisou a importância da educação
patrimonial e da sensibilização da população a respeito do
patrimônio histórico. Para tal, tem em mente retomar as visitas dos
alunos das escolas da rede municipal a edifícios
históricos.
O terceiro eixo de trabalho diz
respeito à agilidade e simplificação da gestão do patrimônio
histórico. Uma das medidas a serem tomadas é articular o diálogo
entre o CONPRESP, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). Também irão
aumentar o contato com a Secretaria do Verde e as subprefeituras do
município São Paulo.
A quarta diretriz visa manter um
diálogo constante com a sociedade. Para que isso aconteça, o
CONPRESP e o DPH, juntamente com as subprefeituras, irão criar
salas para que os temas relacionados à preservação do patrimônio
histórico sejam debatidos.
Por fim, o quinto ponto da gestão de Nádia Somekh trata sobre a capacitação e valorização do quadro técnico. Hoje, 17 técnicos fazem a avaliação dos edifícios que podem ser tombados. A intenção é aumentar o número de técnicos e melhorar a sua qualificação, de forma a aprimorar os pareceres dos tombamentos.