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Associação Viva o Centro recebe palestra de Nádia Somekh, presidente do CONPRESP e diretora do DPH

29/05/2013

A Associação Viva o Centro recebeu na manhã de hoje a arquiteta Nádia Somekh, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) e diretora do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Nádia Somekh concedeu uma palestra sobre a importância do patrimônio histórico na recuperação do Centro.

A palestrante começou por salientar a importância de zelar pelo patrimônio histórico. "Preservação significa não só tombar. Tombar é o primeiro passo. Tombar, restaurar e conservar são três passos que precisam acontecer para que tenhamos um patrimônio adequado".
Tendo assumido os cargos no DPH e no CONPRESP no final de fevereiro deste ano, Nádia Somekh apresentou à plateia cinco eixos do trabalho que será realizado doravante. 

A primeira etapa é de inserção urbana e urbanística. Para Nádia Somekh "é preciso entender o patrimônio não como parte isolada, mas como parte da cidade. E não só como questão de urbanidade, mas como questão de projeto". Para tal, a presidente do CONPRESP defende a qualidade ao invés da quantidade. Ou seja, é necessário valorizar o edifício tombado em vez de realizar tombamentos que podem ser preteridos. Desta forma, o bem cultural ganha significância, reproduzindo assim a história da cidade. "Temos que fazer com que a sociedade compreenda que o tombamento não é um congelamento, mas sim uma agregação de valor", explicou Nádia Somekh.

A diretora do DPH falou também sobre como os órgãos que lidera deverão atuar perante situações de tombamento de edifícios. "O DPH e o CONPRESP estão sendo reorganizados. Queremos que o CONPRESP aplique as multas, faça uma gestão de um fundo para ter dinheiro para recuperar os edifícios públicos e privados", afirmou Nádia.

A palestrante também afirmou que há planos específicos para a área central, nomeadamente, para a colina histórica do Pátio do Colégio, Praça Ramos de Azevedo e galerias Formosa e Prestes Maia.

O segundo ponto a ser trabalhado é a valorização econômica e social. De acordo com Nádia Somekh, é necessário reorganizar os fundos provenientes do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FUNDURB), do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (FUNPATRI) e do Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano (FUNCAP). 
Além disso, Nádia Somekh frisou a importância da educação patrimonial e da sensibilização da população a respeito do patrimônio histórico. Para tal, tem em mente retomar as visitas dos alunos das escolas da rede municipal a edifícios históricos.

O terceiro eixo de trabalho diz respeito à agilidade e simplificação da gestão do patrimônio histórico. Uma das medidas a serem tomadas é articular o diálogo entre o CONPRESP, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). Também irão aumentar o contato com a Secretaria do Verde e as subprefeituras do município São Paulo.

A quarta diretriz visa manter um diálogo constante com a sociedade. Para que isso aconteça, o CONPRESP e o DPH, juntamente com as subprefeituras, irão criar salas para que os temas relacionados à preservação do patrimônio histórico sejam debatidos. 

Por fim, o quinto ponto da gestão de Nádia Somekh trata sobre a capacitação e valorização do quadro técnico. Hoje, 17 técnicos fazem a avaliação dos edifícios que podem ser tombados. A intenção é aumentar o número de técnicos e melhorar a sua qualificação, de forma a aprimorar os pareceres dos tombamentos.

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