Avanços na questão ambiental

25/05/2007

06/06/07

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Avanços na questão ambiental

 

A Prefeitura de São Paulo e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) assinaram esta semana, mais exatamente no Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), contrato para que a Bolsa efetue a venda dos créditos de carbono conferidos à Prefeitura pelos órgãos técnicos da Organização das Nações Unidas (ONU) que cuidam de questões ambientais. Esses créditos são Certificados de Emissão Reduzida a que a Prefeitura tem direito pelos resultados obtidos com o controle da emissão de gases geradores do efeito estufa no aterro sanitário Bandeirantes, localizado em Perus, na Zona Norte.

 

Os créditos de carbono serão comercializados em leilão público de alcance e interesses internacionais no Mercado Brasileiro de Reduções de Emissões, dentro dos padrões estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto. Participaram da assinatura do contrato o prefeito Gilberto Kassab e o presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto. A BM&F é uma das instituições patrocinadoras da Associação Viva o Centro.

 

Expectativa de R$ 30 milhões

 

A Prefeitura vai colocar à venda 820 mil Certificados de Emissão Reduzida (CERs), os créditos de carbono, emitidos até dezembro de 2006. O edital de venda deverá ser publicado na próxima semana e, após a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), será realizado o leilão, que deverá acontecer já no próximo mês.

 

Na cotação de hoje, esse volume de créditos de carbono geraria uma receita em torno de R$ 30 milhões, mas a volatilidade do mercado internacional não permite previsões do valor a será arrecadado. O certo é que Kassab determinou que o montante obtido sejá integralmente aplicado nas regiões de Perus e Pirituba, que vivenciam diretamente o impacto do aterro.

 

De acordo com o presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, este será o primeiro leilão do gênero feito em bolsa. Será também o maior leilão de créditos de carbono gerados por um único projeto. Segundo Cintra Neto, a garantia de que o Município aplicará os recursos em projetos do entorno do aterro sanitário poderá valorizar a venda. "O projeto de São Paulo é especial porque tem o caráter de cidade cidadã. A aplicação dos recursos gerados com a venda na área do entorno do aterro poderá fazer com que os investidores paguem até mais pelos créditos, em razão da questão social envolvida."

 

Frota será vistoriada

 

Outro avanço substancial foi a assinatura, pelo prefeito Gilberto Kassab, de Ordem de Serviço nesta quarta-feira (6/6) dando início à inspeção de toda a frota de veículos da cidade para verificar emissão de poluentes. Com o programa, a frota da capital, estimada em 5,5 milhões de veículos, será inspecionada em cerca de 30 centros a partir de 2008, coincidindo com o licenciamento anual dos veículos.

 

O objetivo é avaliar se o nível de poluentes lançados na atmosfera está dentro dos limites estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). E exigir que os veículos fora do padrão se adequem.

 

Justiça reciclará lixo

 

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Celso Luiz Limongi, determinou o uso de material reciclável em todas as unidades de trabalho da Justiça, como publicado pela revista Consultor Jurídico. Somente na capital, o Judiciário produz mais de 620 mil litros de lixo por dia. Desse total, 80% é formado por material que pode ser reciclado, como papel, por exemplo.

 

A partir de agora, o tribunal instituiu como padrão a compra de material reciclado como papel para reprografia, capas de autuação, fichas, cartões, envelopes, caixas para arquivamento de processos e outros materiais. Até mesmo o material já usado será reaproveitado.A medida vai reduzir a quantidade de lixo em cerca de 500 mil litros por dia, uma montanha de papel e de jornais que não são reaproveitados pela instituição.

 

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