Home > Notícias do Centro > Arquivo de Notícias > Ações Locais levam reivindicações diretamente ao subprefeito da Sé em encontro na Viva o Centro

Ações Locais levam reivindicações diretamente ao subprefeito da Sé em encontro na Viva o Centro

04/05/2006

Ações Locais tem encontro com

subprefeito da Sé na Viva o Centro

Victor Eskinazi

Auditório da Associação lotado, para mais um encontro das Ações Locais com o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo

 

Por Wellington Alves

 

A reunião mensal do Conselho de Representantes das Ações Locais, promovida pela Associação Viva o Centro na segunda-feira (8/5), na sede da entidade, contou com a presença especial do subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, na segunda parte do encontro, para falar sobre o trabalho desenvolvido pela atual gestão no Centro de São Paulo e ouvir as reivindicações das Ações Locais para a região. A questão dos ambulantes e a melhoria da  segurança foram os principais temas abordados.

 

 

Participaram do encontro representantes de 37 dos 41 núcleos de Ações Locais, entidades que, organizadas por ruas e praças do Centro sob coordenação da Viva o Centro, lutam por melhorias na área. O subprefeito estava acompanhado de quatro de seus assessores diretos.  A condução do encontro ficou a cargo do superintendente geral da Associação, Marco Antonio Ramos de Almeida.

 

Na primeira parte da reunião,  Marco Antonio informou aos presentes sobre o extenso trabalho elaborado pela Viva o Centro e enviado ao subprefeito da Sé, demonstrando que 98% dos 769 TPUs (Termos de Permissão de Uso) autorizando camelôs nos distritos Sé e República estão em completo desacordo com a legislação que disciplina a atividade. Cada núcleo recebeu a parte do documento resultante desse trabalho que corresponde à sua área de atuação, com mapas e respectiva avaliação, para que possa atuar de modo mais eficaz pela preservação do espaço público no Centro. (Para saber mais sobre esse trabalho, clique aqui).

 

Presença municipal

 

O subprefeito Andrea Matarazzo chegou às 17h45, como prometido e foi aplaudido pelos representantes das Ações Locais. Este foi mais um encontro de participantes das Ações Locais promovido pela Viva o Centro com Matarazzo. O último se deu no final do ano passado (2005), durante o 6º Endalara-Encontro de Dirigentes de Ações Locais e Autoridades Responsáveis pela Área Central, também realizado pela Associação.

 

Desta vez, Matarazzo começou expondo sobre alguns dos trabalhos desenvolvidos pela Subprefeitura da Sé nos últimos 16 meses, como a criação das zeladorias urbanas que mantêm um estagiário em cada região da Subprefeitura para anotar os problemas locais, e a criação de um banco de dados sobre as ruas do Centro.

 

Victor Eskinazi

O subprefeito Andrea Matarazzo, no centro, tendo a sua direita as assessoras Denise Stiguel e Regina Helena Vieira, e à esquerda, Marco Antônio e Teresinha Santana da Viva o Centro

O subprefeito admitiu a existência de problemas com lixo em alguns lugares do Centro e também lamentou a poluição sonora, que ainda atrapalha a tranqüilidade de moradores e usuários da região central, mas garantiu estar atuante para resolvê-los. No caso da limpeza pública, afirmou ter triplicado o número de garis nos últimos quatro meses e, com relação ao excesso de ruído, disse ter expandido a fiscalização do sistema Psiu. Quanto à segurança, afirmou que foi dobrado o número de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no Centro.

 

Andrea Matarazzo comentou, ainda, sobre o projeto de reforma das praças da Sé e República, cujas obras estão para começar, devendo durar nove meses. Lembrou sobre o prosseguimento das obras para a abertura ao tráfego em parte do calçadão da 24 de Maio e a recuperação das  calçadas do local. Falou da necessidade de recapeamento de outras ruas na região central, mencionou a importância do combate à publicidade irregular e, sobre o comércio ambulante, afirmou que seu controle é ?um trabalho a longo prazo?.

 

A seguir o subprefeito ouviu as reivindicações dos representantes das Ações Locais, procurando não deixar nenhuma sem resposta, ou pedindo a seus assessores que as anotassem para análise e providências futuras. Eis alguns pontos levantados:

 

Melhorias na segurança

Matarazzo disse que o contingente da GCM aumentou, mas a corporação não tem como deslocar agentes para todos os lugares o tempo todo. A instalação de câmeras em logradouros do Centro, já prevista, deverá contribuir muito com a melhoria da segurança na área.

 

Proliferação de vetores

Algumas Ações Locais, encabeçadas pela Ação Local D. José de Barros, reclamaram da proliferação de ratos em suas áreas de atuação, a ponto de ter pouco efeito a desratização contratada por proprietários em seus edifícios e estabelecimentos, porque os animais têm refúgio tranqüilo nos prédios vazios da região. Matarazzo prometeu averiguar sobre a possibilidade de desenvolver um programa de desratização em conjunto com os donos de imóveis vazios.

 

Moradores de Rua

O subprefeito da Sé explicou que a intenção da Prefeitura de São Paulo é abrir mais albergues em locais fora da região central, mas existe a dificuldade por causa de algumas ONG?s (não citou nomes) que estimulam pessoas a virem para o Centro. Várias Ações Locais reclamaram da distribuição, por entidades beneficentes, de sopa a moradores de rua a céu aberto, em praças ou ruas, o que aumenta a sujeira ao mesmo tempo que estimula o dormitório e o mitório. O ideal é que essas entidades doassem alimentos em ambientes fechados, como o Refeitório da Rua Penaforte Mendes, iniciativa que conferiria mais dignidade ao beneficiado.

 

Ambulantes

O tema em destaque no 6º Endalara também foi abordado por muitas Ações Locais neste segundo encontro com Matarazzo. O subprefeito se mostrou ciente dos problemas que os câmelos trazem para a região Central e disse que tentará colocá-los em outro local, combatendo também o comércio de itens pirateados.

 

Estagiários

Foi levantada a idéia de uma integração entre os estagiários contratados pela Subprefeitura da Sé para ajudar a detectar os problemas da região central e a Ações Locais. Da melhoria na comunicação com o setor público, entendem os participantes das Ações Locais, poderão resultar relatórios mais eficazes para a atuação da Subprefeitura. O subprefeito concordou.

 

Tráfego

Foi reclamado que a abertura da 24 de Maio ao tráfego facilitou a vida dos moradores do lugar, mas ainda há um complicador, pois os carros não podem estacionar para carregar ou descarregar compras e passageiros sob o risco de serem multados. Foi dada a idéia de cadastrar e credenciar os moradores. Matarazzo achou uma boa opção.

 

A atuação de Andrea Matarazzo foi elogiada pelas Ações Locais diante das obras realizadas no Largo do Arouche, abertura ao tráfego da alça na Rua 24 de Maio, ligando as avenidas Ipiranga e São João, o trabalho do Psiu, especialmente na Sé e Luz, e o controle do comércio ambulante.

 

Questões gerais do Centro

Ao final do encontro, o superintendente geral da Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, reforçou algumas colocações já feitas pela entidade ao poder público municipal, como a importância de se planejar qualidade para o entorno quando começarem as obras nas praças da Sé e República, de modo a minimizar os transtornos provocados, não alterar muito o funcionamento do local e impedir sua degradação enquanto os trabalhos estiverem em andamento. Reclamou também da CET, que tem instalado semáforos e cabines na área central alimentando-os com fiação ?pendurada?, ou seja, sem o cuidado de enterrá-la em uma região onde toda essa infra-estrutura é subterrânea há muito tempo.

 

Matarazzo agradeceu pela oportunidade que a Associação Viva o Centro lhe propiciou de participar da reunião e ouvir das próprias Ações Locais, que representam a coletividade de cada rua e praça do Centro, seus anseios e reivindicações. Explicou o trabalho dos estagiários que são quartanistas de arquitetura e estão desenvolvendo um ótimo papel e agradeceu o apoio que tem recebido.

 

A presença do subprefeito da Sé nessas reuniões deverá, de agora em diante, se tornar mais constante. A Viva o Centro vai estabelecer, de comum acordo com a equipe de Andréa Matarazzo, uma forma mais organizada e padronizada de apresentação das reivindicações pelas Ações Locais, com o objetivo de facilitar o trabalho de ambos os lados. O ganho será do Centro, pois com isso se criará uma interlocução permanente da sociedade civil co

Deixe Seu Comentário:

Gostou? Então compartilhe.