CCBB exibe o melhor do
cinema Filipino
Com exibição de
30 tÃtulos compondo um panorama da produção cinematográfica das
Filipinas, a mostra â??Descobrindo o Cinema Filipinoâ? privilegia a
produção recente que vem se destacando no mundo com exibições
nos principais festivais internacionais, e também apresenta pela
primeira vez alguns dos maiores clássicos do paÃs.
Produzida pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e curadoria
de Raphael Mesquita e Leonardo Levis, a mostra traz filmes
escolhidos por sua reconhecida qualidade e que primam pelo
ineditismo, pela exploração das possibilidades do digital e por
sua relevância social. O evento acontece de 9 a 27/6.
Nos últimos anos, nenhuma cinematografia no mundo conseguiu subir
tanto no panorama internacional de grandes festivais quanto a
filipina. Com filmes sendo exibidos anualmente em prestigiados
festivais como Cannes, Roterdã, Bafici (Buenos Aires), Toronto ou
Veneza, este cinema chega, atualmente, em seu auge de prestÃgio:
em 2008, Melancolia, o filme de quase oito horas de duração
dirigido por Lav Diaz, conquistou o prestigiado Prêmio Orizzonti
no Festival de Veneza, e em 2009, Kinatay rendeu a Brillante
Mendoza o ainda mais prestigiado Prêmio de Melhor Diretor na
Competição Oficial do Festival de Cannes.
Conhecida como a nova geração do cinema independente filipino,
formada por cineastas como os já citados Diaz e Mendoza, além do
jovem Raya Martin e do radical Khavn De La Cruz, entre outros, esta
geração pode hoje ser equiparada a outras de igual sucesso, como
a Argentina (com Lucrecia Martel, Pablo Trapero, Lisandro Alonso,
etc.) ou a Romena (com Corneliu Porumboiu, Cristian Mungiu etc.).
Mas enquanto o cinema argentino e o romeno aportam constantemente
em nossos cinemas, seja no circuito comercial, seja em festivais ou
mostras, é rara a exibição de um filme filipino.
A mostra â??Descobrindo o Cinema Filipinoâ? pretende introduzir no
Brasil este cinema tão potente quanto desconhecido, exibindo os
filmes mais importantes e os cineastas mais representativos dessa
nova geração. São cineastas radicais, experimentais, que, com
pouco dinheiro e muitas ideias, conseguem transformar a realidade
do paÃs em cinema. Um exemplo para qualquer paÃs que encontre
estas mesmas dificuldades, como, naturalmente, o Brasil. Seus
filmes também exploram não só as facilidades financeiras do uso
do digital, como as técnicas, incluindo o uso da longuÃssima
duração (em especial nos filmes de Lav Diaz), a mobilidade e a
facilidade de finalização.
Fomentando e instigando a observação do cinema recente filipino,
a mostra é completada por uma série de produções mais antigas,
mas ainda influentes. São obras clássicas, que, além de
influenciar os novos cineastas, se fazem pulsantes e refletem o
olhar crÃtico dos filipinos em relação à sua
história.
Por tudo isso, a mostra Descobrindo o Cinema Filipino chega na
hora correta: de um lado, por exibir no paÃs esta filmografia, de
outro, por refletir sobre as condições de nossa própria
produção. Pensando nisso, será realizado um debate ao fim da
mostra, com cineastas e teóricos, com intuito de refletir sobre os
filmes vistos, assim como sobre suas propostas estéticas e
práticas. O cinema filipino é muito próximo do cinema brasileiro
e, ao mesmo tempo, mantém distâncias que podem e devem ser
diminuÃdas.
Programação
Qua (9/6)
15h30 â?? Manila nas Garras de Neon
18h â?? Manila nas Entranhas da Escuridão
19h30 â?? Novo Cinema Filipino (Longa Vida ao Cinema Filipino +
Salat + Coisas Muito EspecÃficas à Noite + Borboletas Não
têm Memória)
Qui (10/6)
16h â?? Irmã Stella L.
18h â?? Roxlee + Raymond Red (A Grande Fumaça + Lagarto +
Eternidade + Um Estudo para os Céus + Sombras)
19h30 â?? Todo Todo Teros + Hai, eles reciclam corações partidos
em Tóquio para que não haja desperdÃcio
Sex (11/6)
15h â?? Insiang
17h â?? Manila
19h â?? Manila by Night
Sab (12/6)
10h â?? Evolução de uma famÃlia filipina
Dom (13/6)
14h30 â?? Milagre
17h â?? Kinatay
19h â?? A Ilha no Fim do Mundo + Projeções de Vida
Qua (16/6)
15h30 â?? A Ilha no Fim do Mundo + Projeções de Vida
17h30 â?? Adela
19h30 â?? Manila
Qui (17/6)
14h â?? Melancolia
Sex (18/6)
15h â?? Adeus, minha estrela cadente
16h30 â?? Manila by Night
19h30 â?? Serbis
Sab (19/6)
16h â?? Um Pequeno Filme sobre o Ãndio Nacional (ou a prolongada
agonia dos filipinos)
18h â?? Independência
19h30 â?? Refrões acontecem como revoluções numa canção
Dom (20/6)
18h â?? Adela
19h45 â?? Irmã Stella L.
Qua (23/6)
14h â?? Refrões acontecem como revoluções numa canção
16h15 â?? Roxlee + Raymond Red
17h45 â?? Um Pequeno Filme sobre o Ãndio Nacional (ou a prolongada
agonia dos filipinos)
19h30 â?? Debate: A história e a estética do cinema filipino (um
diálogo possÃvel com o cinema brasileiro?)
Qui (24/6)
14h â?? Em cartaz
19h30 â?? Insiang
Sex (25/6)
15h30 â?? Milagre
18h â?? Novo Cinema Filipino (Longa Vida ao Cinema Filipino +
Salat + Coisas Muito EspecÃficas à Noite + Borboletas Não
têm Memória)
19h30 â?? Pesadelo perfumado â?? sessão seguida de debate com o
realizador
Sab (26/6)
15h - Manila nas garras de neon
17h30 â?? Pesadelo perfumado
19h30 â?? Todo Todo Teros + Hai, eles reciclam corações partidos
em Tóquio para que não haja desperdÃcio
Dom (27/6)
13h â?? Manila nas entranhas da escuridão
17h30 â?? Lola
19h30 â?? Independência
Serviço
Centro Cultural
Banco do Brasil
Rua Ãlvares Penteado, 112
Tel.: (11) 3113 3651 / 3113 3652
www.bb.com.br/cultura
Metrô Sé e São Bento
Grátis
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