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CCBB exibe o melhor do cinema Filipino

08/06/2010

08/06/10

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CCBB exibe o melhor do cinema Filipino

 

Com exibição de 30 títulos compondo um panorama da produção cinematográfica das Filipinas, a mostra â??Descobrindo o Cinema Filipinoâ? privilegia a produção recente que vem se destacando no mundo com exibições nos principais festivais internacionais, e também apresenta pela primeira vez alguns dos maiores clássicos do país.

Produzida pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e curadoria de Raphael Mesquita e Leonardo Levis, a mostra traz filmes escolhidos por sua reconhecida qualidade e que primam pelo ineditismo, pela exploração das possibilidades do digital e por sua relevância social. O evento acontece de 9 a 27/6.

Nos últimos anos, nenhuma cinematografia no mundo conseguiu subir tanto no panorama internacional de grandes festivais quanto a filipina. Com filmes sendo exibidos anualmente em prestigiados festivais como Cannes, Roterdã, Bafici (Buenos Aires), Toronto ou Veneza, este cinema chega, atualmente, em seu auge de prestígio: em 2008, Melancolia, o filme de quase oito horas de duração dirigido por Lav Diaz, conquistou o prestigiado Prêmio Orizzonti no Festival de Veneza, e em 2009, Kinatay rendeu a Brillante Mendoza o ainda mais prestigiado Prêmio de Melhor Diretor na Competição Oficial do Festival de Cannes.

Conhecida como a nova geração do cinema independente filipino, formada por cineastas como os já citados Diaz e Mendoza, além do jovem Raya Martin e do radical Khavn De La Cruz, entre outros, esta geração pode hoje ser equiparada a outras de igual sucesso, como a Argentina (com Lucrecia Martel, Pablo Trapero, Lisandro Alonso, etc.) ou a Romena (com Corneliu Porumboiu, Cristian Mungiu etc.). Mas enquanto o cinema argentino e o romeno aportam constantemente em nossos cinemas, seja no circuito comercial, seja em festivais ou mostras, é rara a exibição de um filme filipino.

A mostra â??Descobrindo o Cinema Filipinoâ? pretende introduzir no Brasil este cinema tão potente quanto desconhecido, exibindo os filmes mais importantes e os cineastas mais representativos dessa nova geração. São cineastas radicais, experimentais, que, com pouco dinheiro e muitas ideias, conseguem transformar a realidade do país em cinema. Um exemplo para qualquer país que encontre estas mesmas dificuldades, como, naturalmente, o Brasil. Seus filmes também exploram não só as facilidades financeiras do uso do digital, como as técnicas, incluindo o uso da longuíssima duração (em especial nos filmes de Lav Diaz), a mobilidade e a facilidade de finalização.

Fomentando e instigando a observação do cinema recente filipino, a mostra é completada por uma série de produções mais antigas, mas ainda influentes. São obras clássicas, que, além de influenciar os novos cineastas, se fazem pulsantes e refletem o olhar crítico dos filipinos em relação à sua história.

Por tudo isso, a mostra Descobrindo o Cinema Filipino chega na hora correta: de um lado, por exibir no país esta filmografia, de outro, por refletir sobre as condições de nossa própria produção. Pensando nisso, será realizado um debate ao fim da mostra, com cineastas e teóricos, com intuito de refletir sobre os filmes vistos, assim como sobre suas propostas estéticas e práticas. O cinema filipino é muito próximo do cinema brasileiro e, ao mesmo tempo, mantém distâncias que podem e devem ser diminuídas.

Programação

Qua (9/6)
15h30 â?? Manila nas Garras de Neon
18h â?? Manila nas Entranhas da Escuridão
19h30 â?? Novo Cinema Filipino (Longa Vida ao Cinema Filipino + Salat + Coisas Muito Específicas à Noite + Borboletas Não têm Memória)

Qui (10/6)
16h â?? Irmã Stella L.
18h â?? Roxlee + Raymond Red (A Grande Fumaça + Lagarto + Eternidade + Um Estudo para os Céus + Sombras)
19h30 â?? Todo Todo Teros + Hai, eles reciclam corações partidos em Tóquio para que não haja desperdício

Sex (11/6)
15h â?? Insiang
17h â?? Manila
19h â?? Manila by Night

Sab (12/6)
10h â?? Evolução de uma família filipina

Dom (13/6)
14h30 â?? Milagre
17h â?? Kinatay
19h â?? A Ilha no Fim do Mundo + Projeções de Vida

Qua (16/6)
15h30 â?? A Ilha no Fim do Mundo + Projeções de Vida
17h30 â?? Adela
19h30 â?? Manila

Qui (17/6)
14h â?? Melancolia

Sex (18/6)
15h â?? Adeus, minha estrela cadente
16h30 â?? Manila by Night
19h30 â?? Serbis

Sab (19/6)
16h â?? Um Pequeno Filme sobre o Ãndio Nacional (ou a prolongada agonia dos filipinos)
18h â?? Independência
19h30 â?? Refrões acontecem como revoluções numa canção

Dom (20/6)
18h â?? Adela
19h45 â?? Irmã Stella L.

Qua (23/6)
14h â?? Refrões acontecem como revoluções numa canção
16h15 â?? Roxlee + Raymond Red
17h45 â?? Um Pequeno Filme sobre o Ãndio Nacional (ou a prolongada agonia dos filipinos)
19h30 â?? Debate: A história e a estética do cinema filipino (um diálogo possível com o cinema brasileiro?)

Qui (24/6)
14h â?? Em cartaz
19h30 â?? Insiang

Sex (25/6)
15h30 â?? Milagre
18h â?? Novo Cinema Filipino (Longa Vida ao Cinema Filipino + Salat + Coisas Muito Específicas à Noite + Borboletas Não têm Memória)
19h30 â?? Pesadelo perfumado â?? sessão seguida de debate com o realizador

Sab (26/6)
15h - Manila nas garras de neon
17h30 â?? Pesadelo perfumado
19h30 â?? Todo Todo Teros + Hai, eles reciclam corações partidos em Tóquio para que não haja desperdício

Dom (27/6)
13h â?? Manila nas entranhas da escuridão
17h30 â?? Lola
19h30 â?? Independência

Serviço

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Ãlvares Penteado, 112
Tel.: (11) 3113 3651 / 3113 3652
www.bb.com.br/cultura
Metrô Sé e São Bento
Grátis

 

 

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