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Cedezeiros, Ações Locais motivam debate

06/07/2006

Cedezeiros, Ações Locais motivam debate

 

Fabio Mattos

Cedezeiros na Rua Barão de Itapetininga

16 Ações Locais reuniram cerca de 100 pessoas, na terça-feira (4/7), entre comerciantes, autoridades, e representantes da comunidade, no Auditório do Sindicato dos Empregados em Empresas de Turismo, na Rua Barão de Itapetininga, para um debate com autoridades sobre o comércio de CD?s pirateados no Centro de São Paulo e os prejuízos que a atividade ilegal causa a toda a população.

 

Entre as autoridades, estiveram presentes o delegado seccional Centro, Mário Jordão Toledo Leme, o delegado titular do 3º Distrito Policial, José Matallo Neto, o comandante da 2ª Cia. do 7º BPM, capitão Rosendo, um representante da Prefeitura de São Paulo, Daniel Salati, o comandante da GCM, coronel Casado, o promotor público estadual, José Carlos de Freitas, o inspetor da Guarda Civil Metropolitana, Néri, e um representante da Associação de Proteção à Indústria Fonográfica contra Pirataria, Jorge Eduardo Grahl.

 

A reunião durou quase duas horas e foi promovida pela própria sociedade civil, que quer ver o problema dos cedezeiros resolvido, por que eles atrapalham a passagem de pedestres, vendem material ilegal e alguns produzem excesso de barulho com seus alto-falantes. Vários escritórios já se mudaram da região Central devido à poluição sonora causada por eles.

 

Organizaram o encontro as seguintes Ações Locais: Barão de Itapetininga, 24 de Maio, Brigadeiro Tobias, República II, Praça Roosevelt, 7 de Abril, Ipiranga I, Ipiranga II, Ipiranga III, Dom José de Barros, Santa Ifigênia/C. Líbero/Luz, Nestor Pestana, Paissandu, Consolação, Ladeira da Memória e Xavier de Toledo.

 

Na opinião de todos, a reunião foi muito importante, pois só a convocação para realizá-la já produziu um efeito prático para a união das forças. Essa união pode se tornar emblemática ao partir da premissa de que os cedezeiros são ?perturbadores da paz pública?, observou um dirigente da Ação Local Barão de Itapetininga.

 

Na segunda-feira (3/7), na reunião mensal das Ações Locais, na Associação Viva o Centro , as entidades já haviam reclamado do problema. O subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, na ocasião, chegou a definir os ambulantes como ?praga urbana? e prometeu juntar esforços para combater o problema.

 

Esforço conjunto

 

Na reunião da terça-feira (4/7), os convidados à mesa central colocaram suas idéias e reivindicações. Percebeu-se a necessidade de união da Polícia Civil, Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para combater a ação dos ambulantes. Além disso, 20 pessoas da comunidade local também expuseram suas idéias.

 

Um dirigente da Ação Local 24 de Maio avaliou como satisfatória a reunião, pois ela ?atendeu ao objetivo de juntar autoridades para fortalecer o trabalho conjunto das polícias?. No encontro, o promotor público José Carlos de Freitas lembrou da ação pública contra a Prefeitura, feita em 2003, em que esta era obrigada a resolver o problema dos câmelos no Centro da cidade, sujeita a multa de R$ 10 mil por dia, pelo não cumprimento. Na época, as Ações Locais Barão de Itapetininga, 24 de Maio e Marconi foram as que fizeram o levantamento dos prejuízos que os ambulantes trazem ao Centro, e que foram fundamentais para a ação do Ministério Público Estadual.

 

Para a Viva o Centro , o comércio informal é um grave problema público, tanto que a questão dos camelôs merece um capítulo especial em suas ?10 Propostas? para a requalificação do Centro de São Paulo. Os camelôs com autorização da Prefeitura, portadores de TPUs, devem ser deslocados do espaço público para espaços fechados apropriados ao exercício da atividade e não vender produtos ilegais em hipótese alguma; quanto aos demais, as   autoridades devem coibir sua ação.

 

Estudo feito pela Viva o Centro

 

Até os camelôs com TPUs estão irregulares no Centro. A propósito deste tema a Associação desenvolveu um amplo estudo. Clique aqui para acessá-lo.

 

Repercussão na mídia

 

5/5 no Jornal da Tarde: "Até camelô com licença está ilegal"

14/5 no jornal Folha de S. Paulo: "Lista aponta 98% de camelôs irregulares"

5/6 no jornal Diário do Comércio: "98% dos camelôs legais do Centro estão irregulares"

12/6 no jornal O Estado de S. Paulo: "A novela dos camelôs"

 

>>> vale a pena ler

 

Pirataria sem futuro

 

Editorial do JT, de 11/07: "Ameaça à revitalização do Centro"

 

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