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Centro de Acolhida Lygia Jardim oferece oficinas de reintegração social
Às 16h, horário em que os portões da casa se abriram, já era possível notar a entrada de algumas pessoas que passavam pela recepção para pegar o kit do dia, composto por sabonete, shampoo, toalha e roupa limpa. Em seguida são conduzidas a tomarem banho.
Isa Magalhães, coordenadora do Centro de Acolhida Lygia Jardim, na Bela Vista, área central de São Paulo, diz que é preciso que todos cumpram algumas regras, como por exemplo, só jantar depois de tomar banho. Após o banho, é hora do jantar! A casa geralmente oferece arroz, feijão, salada e lingüiça calabresa. Até às 22h, todos tem que ir dormir, e estar de pé às 6h do dia seguinte para se arrumar, tomar o café da manhã e sair para tentar encontrar um emprego ou ficar e participar das oficinas de reintegração social oferecidas. Hoje o centro acolhe 60 homens e 40 mulheres.
Diferente de outros centros de acolhida espalhados pela cidade, no Lygia Jardim as pessoas podem escolher entre deixar a casa até às 8h ou participar de oficinas do Sescop, projeto desenvolvido e implantado pelo Instituto Lygia Jardim em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que tem como missão oferecer formação técnica qualificada preparando e capacitando o cidadão para que efetivamente tenha oportunidades mais dignas de reabilitação e reintegração na sociedade.
São oferecidos cursos de eletricista, instalador predial, pedreiro,
assentador e revestidor de tijolos, pintura imobiliária e
decorativa em parceria com o Senai e o Curso de Assistente de
Cabeleireiro em parceria com o Projeto Tesourinha. Segundo Isa
Magalhães, no entanto, ?poucas pessoas se interessam pelas
oficinas?.
Além disso, o Lygia Jardim encaminha para a área da saúde pessoas que sofrem com alguma doença, e, ainda, quem precisa regularizar algum documento sempre recebe orientação de como proceder e para onde deve ir.
Segundo Isa Magalhães, a maioria das pessoas que passam pelo Lygia
Jardim não fizeram ainda da rua a sua morada, ou seja, são pessoas
que perderam tudo e não têm aonde ficar, estão a um passo de se
tornarem moradores de rua. Lá, essas pessoas podem ficar por até
seis meses, tempo em que devem tentar arrumar um emprego para que
possam se sustentar sozinhas.
A iniciativa de ter uma casa para abrigar pessoas a um passo do desabrigo surgiu há 30 anos de um grupo espírita, que andava sob os viadutos da cidade e acompanhava a vida de quem estava ao relento. Desde então, o grupo aluga uma casa e todos os dias, quando começava escurecer, voluntários recebem as pessoas que procuram um lugar para dormir que não seja a rua. O Instituto Lygia Jardim é o principal mantenedor do Centro de Acolhida, mas este, atualmente, também recebe recursos da Prefeitura a partir de uma parceria recém-firmada.
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