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Centro zela pelo meio ambiente
Por Wellington Alves
Diminuição da circulação de carros, manutenção de praças públicas e coleta seletiva do lixo. São essas as três frentes que a Associação Viva o Centro, há 15 anos dedicada à recuperação da área central de São Paulo, tem trabalhado para conscientizar a população quanto ao desenvolvimento sustentável da região. Para isso, a entidade conta com o apoio das 45 Ações Locais que cuidam voluntariamente das ruas e praças do Centro.
Segundo Marco Antonio Ramos de Almeida, superintendente da Associação, quando uma Ação Local cuida de um pequeno lugar, na verdade o todo da cidade está sendo beneficiado, pois ?na medida em que aumenta a conscientização das pessoas, evidentemente que a qualidade de vida também irá melhorar?. Ele lembra que a preocupação com o meio ambiente começou a dar frutos com a maior preocupação da coletividade do Centro com a coleta seletiva e o interesse de empresas privadas em adotar e arborizar praças.
Estrutura contribui
O Centro possui a melhor infra-estrutura em transportes públicos da cidade, com acesso a trem, metrô e ônibus. Para Ramos de Almeida, o incentivo às pessoas para morarem e às empresas para se instalarem na região é uma maneira de a população utilizar menos os veículos particulares. Ele explica que a ocupação de outros locais de São Paulo faz com que as pessoas usem mais freqüentemente os carros para locomoção, o que aumenta a emissão de gás carbônico (CO2) para a atmosfera, causando grande prejuízo ao meio ambiente.
Entre os resultados do trabalho de conscientização que a Viva o Centro faz há 15 anos está o retorno de várias repartições públicas dos governos estadual e municipal para a região central. Quanto ao setor privado, o Centro é repleto de provas da elevação do interesse em defender o meio-ambiente. Hoje, graças aos esforços da Viva o Centro e de empresas privadas a ela associadas e das Ações Locais Anhangabaú e Praça Ramos, o Vale do Anhangabaú tornou-se um logradouro bonito e bem conservado, autêntico cartão-postal do Centro. Seus jardins e fontes são mantidos pelo Banco Itaú, assim como os jardins da Praça Ramos de Azevedo estão apadrinhados há anos pelo Grupo Votorantim e passeios e esculturas, pela Klabin. A Maringá Turismo, por sua vez, cuida das praças Dom José Gaspar, Júlio Mesquita e Júlio Prestes. O presidente da empresa, Marcos Arbaitman, ex-secretário de Esportes e Turismo do Estado, diz que as instituições ainda podem ajudar mais e essa iniciativa é uma forma de retornar à sociedade parte da rentabilidade adquirida.
Provas de atuação não faltam no Centro. A Ação Local Roosevelt, por exemplo, já realizou vários eventos para difundir entre os usuários da praça a importância da coleta seletiva do lixo, que ajuda a manter os programas de reciclagem que geram empregos e contribuem para o meio ambiente. Segundo Fernando Luiz de Oliveira Costa, da Ação Local Dom José Gaspar, o trabalho das Ongs é incentivar a comunidade a se organizar, mas a administração pública deveria utilizar mais o potencial das Ações Locais nas pequenas coisas. ?É fundamental o desenvolvimento sustentável no Centro, mas enquanto as pessoas não souberem onde jogar o lixo não dá para começar?, sintetiza.
Reconhecimento
O decreto estadual nº 46.655/02 garante à Viva o Centro as nomeações de entidade ambientalista, promotora de direitos humanos e instituição cultural. Em 2006, a Associação participou da Conferência e Exposição Bienal da Iniciativa do Ar Limpo nas Cidades da América Latina.
Um pouco antes de começar a Copa do Mundo de Futebol, na Alemanha, ocorreu um caso inusitado no Vale do Anhangabaú. O local receberia um telão para a população assistir os jogos, mas duas palmeiras iriam ser arrancadas para que isso acontecesse. A Viva o Centro se articulou, reclamou à Subprefeitura da Sé e chamou a imprensa. Resultado: o telão foi instalado, as partidas transmitidas e as duas palmeiras continuaram são e salvas.
A Viva o Centro conhece e valoriza o trabalho do Serviço Franciscano de Apoio à Reciclagem (Recifran), organizado pela Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. O Recifran coleta materiais como papelão, vidro, alumínio e plásticos, o que mantém cerca de 100 catadores e suas famílias. As Ações Locais Roosevelt, Barão de Itapetininga e Maria Paula contribuem para o processo.
O professor da Fundação Getúlio Vargas, Luiz Rossi, ministra cursos para as Ações Locais e defende que estas, junto com a Viva o Centro, possuem papel fundamental na manutenção do meio ambiente no Centro. Segundo ele, ?a sustentabilidade passa por um processo educativo que visa à mudança de atitude e valores das pessoas?. Rossi destacou o trabalho das Ações Locais como irradiador dessa proposta, mas alertou: ?Não pode haver perspectiva de imediatismo, pois a alteração do comportamento das pessoas é algo gradual?. E não tem medo de apostar: ?O Centro pode se tornar um exemplo para a cidade de São Paulo?.
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