Comércio informal e
falta de segurança foram os principais temas da reunião do CSO na
segunda (23/7)
Renato
Leary
Autoridades presentes
esclarecem dúvidas e respondem a demandas as Ações
Locais
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A
reunião do Conselho Superior de Orientação as Ações Locais (CSO),
na Viva o Centro, na segunda-feira (23/7), contou a presença do
inspetor da GCM, Vagner Oscar Rufino, o comandante da PM no Centro,
Renato Cerqueira Campos, e de Morgana Krauzer, assessora do
subprefeito da Sé, Nevoral Bucheroni, impedido na última hora de
comparecer.
Presidida pelo superintendente da Viva o Centro, Marco Antonio
Ramos de Almeida, a reunião tratou em um primeiro momento de
questões internas e administrativas relativas ao Programa Ações
Locais. Mais uma vez foi lembrada a mudança do processo eleitoral
para escolha das Diretorias das Ações Locais 2010/2011. Agora,
serão formadas chapas em cada Ação Local, não havendo mais
candidaturas avulsas.
Marco Antonio também anunciou que para o ano de 2011 a Viva o
Centro terá um sistema bem estruturado para o Programa Ações
Locais: ?A ideia é divulgar mais as Ações Locais com a ajuda de
todos, por meio de uma área exclusiva em nosso site com todas as
informações e notícias de todos os núcleos?, explicou. Além disso,
pediu aos diretores das Ações Locais para fazer sugestões para
aprimorar o trabalho.
Solicitações às autoridades
Na segunda e maior parte da reunião, com os presidentes das Ações
Locais se manifestando diretamente às autoridades, a questão dos
camelôs ainda instalados no Centro foi muito discutida. O
presidente da Ação Local 24 de Maio, Carlos Roberto Bomfim, lembrou
que no início de seu trabalho na Ação Local se falava em 1.600
camelôs no Centro, hoje os números apontam para 60. ?É inadmissível
que diante de um número tão pequeno, ainda vejamos camelôs nos
calçadões?, argumentou. Além disso, Bomfim declarou que muitos dos
deficientes visuais que têm TPU para barracas nas ruas são
?alugados?, ou explorados, por terceiros, para poderem vender suas
mercadorias.
O presidente da Ação Local Marconi, José Ricardo Brito, trouxe
para as autoridades presentes um documento já protocolado no
Ministério Público com uma proposta de solução para o problema dos
camelôs irregulares. A assessora do subprefeito da Sé, Morgana
Krauser, prometeu cobrar uma ação rápida para a questão dos camelôs
e também um levantamento de todos os que estão irregulares no
Centro: ?Concordo que não dá para aceitar camelôs irregulares nos
calçadões, tem que haver uma fiscalização mais rigorosa?.
Yara Góes, presidente da Ação Local Amara Gurgel, reclamou da
falta de policiamento na parte de baixo do Largo do Arouche: ?Já
houve o seqüestro de uma garota de 17 anos, o local está repleto de
traficantes que se passam por moradores de rua?, relatou. Para ela
a solução seria fazer uma triagem para diferenciar o morador de rua
dos bandidos. ?Todos os dias, às 18h, chegam vários táxis com
pessoas vestidas de mendigo para assaltar e praticar tráfico no
local?.
O cel. Renato Cerqueira disse que há uma base da polícia no
Arouche, só que na parte de cima do largo, por isso a PM irá
intensificar a fiscalização na parte de baixo. Já sobre a triagem,
o coronel disse que vê um grande esforço das autoridades para
solucionar esse problema. ?Infelizmente, muitos policiais foram
demitidos por abuso de autoridade quando foram abordar pessoas em
situação de rua, por isso nós temos que tomar muito cuidado na
forma como tratamos esse assunto?, explicou.
Legislação existe
Erni Coutinho, presidente da Ação Local São João/Julio Mesquita
questionou a falta de instrumentos políticos e judiciais para
remover o morador de rua e encaminhá-lo para tratamento: ?Não há
política, lei para solucionarmos esse problema. Enquanto não forem
criados meios, nada acontecerá?.
Para o superintendente da Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de
Almeida, o problema não é a falta de lei: ?Existem muitas leis no
Brasil que permitem a solução completa desse problema, o que falta
é aplicá-las, falta mobilização?.
Por fim, Morgana Krauzer e o cel. Renato Cerqueira convidaram a
todos os presentes para uma reunião no CPA/M1, na Rua Vergueiro,
163, para discutir planos de solução para o problema das pessoas em
situação de rua no Centro. Quando a data for definida, a Viva o
Centro e as Ações Locais receberão os convites por e-mail.
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