Controle da poluição do ar, a nova luta em São Paulo

Controle da poluição do ar, a nova luta em São Paulo

Esta semana a Prefeitura de São Paulo deu início a um programa de controle da poluição do ar que começou com a inspeção da frota de 3 mil ônibus de fretamento na cidade, ou seja, aqueles alugados para turismo ou transporte de funcionários de empresas. Para o serviço foi entabulada uma parceria entre as secretarias municipais do Verde e Meio Ambiente e Transportes, SPTrans e Conpet-Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural, da Petrobrás.

O processo é simples: sensores são instalados nos escapamentos dos veículos e as medições apontam se as emissões estão ou não dentro dos padrões estabelecidos. O prefeito Gilberto Kassab também anunciou a meta de, ainda neste ano, começar a inspeção dos caminhões e dos carros de São Paulo que, somados, totalizam 5,5 milhões de veículos. "Está se buscando um modelo que defina a fiscalização, mas que não transfira esse custo para os motoristas. Não haverá cobrança para o cidadão", garantiu.

Segundo o consultor ambiental Gabriel Branco, a poluição do ar nos grandes centros provém basicamente dos automóveis e das operações de transporte. Este dado é ainda mais grave quando os veículos emitem poluentes acima dos padrões ambientais. "Aproximadamente 20% dos veículos estão circulando fora dos padrões originais de fábrica de emissão de poluentes, e poluem pelo menos dez vezes mais do que um veículo dentro desses padrões", explicou Branco. "A fiscalização desses veículos pode trazer um ganho de 30% ou 40% de benefício ambiental para a Cidade", avalia.

Os veículos que não forem aprovados na inspeção terão um prazo de 30 dias para realizar os ajustes necessários. Depois desse período, será feita uma nova inspeção. Caso seja novamente reprovado ou não compareça à nova inspeção, o veículo será multado no valor mínimo de R$ 1.000.