Tribunal de Justiça explica escolha de novo edifício para desembargadores no Centro
Fabio Mattos
Antigo Hotel Hilton, na Avenida Ipiranga, abrigará 140 desembargadores do Tribunal de Justiça |
O Centro de São Paulo pesou favoravelmente em matéria de economia e proximidade com a sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, na Sé, para que este escolhesse o edifício do antigo Hilton, na Avenida Ipiranga, para trazer da Avenida Paulista os cerca de 140 gabinetes de desembargadores da seção de Direito Público. A seguir, as respostas da Assessoria de Imprensa do TJ a questões formuladas pelo informeOnLine Viva o Centro sobre essa escolha:
O que motivou o TJ a decidir-se pelo prédio do antigo Hotel Hilton para abrigar os gabinetes dos desembargadores do Direito Público?
Levando-se em conta a localização e centralização administrativa e jurisdicional do TJ, buscava-se um prédio para acomodação de gabinetes de desembargadores da Seção de Direito Público, a exemplo do que ocorreu com aqueles da seção de Direito Privado e Criminal, instalados em dois prédios da Rua Conde de Sarzedas e em dois outros na Rua Conselheiro Furtado. A atual acomodação da seção de Direito Público na Avenida Paulista não mais atendia às necessidades do TJ, havendo a obrigatoriedade de reformas sem o interesse do locador em realizá-las. Pela localização e atual condição do prédio do antigo Hilton, optou-se pela locação. Alie-se a isso o fato de que, em se tratando de local sem a valorização e especulação imobiliária comparáveis às da Avenida Paulista, o aluguel mais barato foi fator preponderante para a deliberação da Presidência.
Quantos gabinetes irão para esse prédio? E como será a movimentação no entorno do edifício? Qual a expectativa de freqüência ao prédio, tanto de funcionários do TJ quanto de pessoas em busca de seus serviços? (A grande preocupação com a desativação do hotel era justamente a degradação do local enquanto ele não fosse novamente ocupado.)
Está prevista a instalação de aproximadamente 140 gabinetes na torre principal do edifício, bem como as secretarias da administração e finanças/orçamento do TJ nos demais andares baixos. O prédio será freqüentado, basicamente, por desembargadores, juízes substitutos em segundo grau, assistentes jurídicos, escreventes de gabinetes, advogados e demais funcionários das secretarias.
Quanto custará ao TJ a locação mensal do prédio?
O aluguel previsto é de R$ 670 mil por mês, mais barato que o aluguel pago na Avenida Paulista, com ganho de área maior de aproximadamente 6 mil m2, sem falar na estrutura pronta e em condições de funcionamento, sem a necessidade de reformas.
O edifício é tombado pelo patrimônio histórico só externa ou também internamente? Que tipo de adaptações o TJ fará no prédio? E o que não poderá alterar?
Apenas em relação à fachada há restrições de mudanças. Internamente a locadora já iniciou obras para a adaptação das instalações originais destinadas à hotelaria para servirem aos gabinetes, com revisão elétrica, lógica, pisos, pinturas, etc.
Qual a importância para o TJ de trazer esses desembargadores para o Centro?
É tê-los mais perto do centro administrativo e jurisdicional do TJ, sediado na Praça da Sé.
Em que a vinda dos desembargadores do Direito Público para o Centro pode contribuir com o processo de recuperação da área central de São Paulo?
Com certeza trará muito investimento para o atendimento aos usuários, sem falar na revitalização natural com a vinda de pessoas de grande importância no cenário jurídico do Estado, movimentação essa que trará também advogados e usuários dos serviços do Tribunal de Justiça.
No térreo, subsolo e primeiros andares do Hilton há todo um espaço de fruição pública: teatro, restaurantes, salas para convenções etc. Há planos, no TJ, de manter essa área com programação pública para redinamizar o local também à noite? Ou o espaço será utilizado apenas pelo Tribunal?
O térreo e subsolo serão ocupados pelas secretarias e infra-estrutura de apoio aos gabinetes, inclusive com a utilização do teatro para treinamento de pessoal, juízes, desembargadores e eventos de interesse, sem previsão, por ora, de utilização da área para programação pública, por questões de segurança interna.
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