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Entrevista Terceiro Setor avança rumo ao empreendedorismo social
Por Ana Maria Ciccacio
O professor Luiz Rodovil Rossi Jr., da Fundação Getúlio Vargas, faz aqui uma síntese do rico conteúdo que transmitiu aos participantes das Ações Locais que freqüentaram as Oficinas de Empreendedorismo Social promovidas pela Associação Viva o Centro em agosto e setembro. Na origem do empreendedorismo social estão os conhecimentos adquiridos pela administração de empresas, com a devida adaptação às necessidades do Terceiro Setor. Acompanhe:
informeOnLine: Estudos mostram que ONGs bem sucedidas contam com pessoas preparadas para traduzir o ?sonho? do engajamento social em projeto. Qual a importância do planejamento e da gestão estratégica para isso? Prof. Luiz Rossi ? Quando alguém resolve abraçar uma causa, entrega-se com grande envolvimento emocional a ela e começa a trabalhar com muita empolgação. Na medida em que o tempo passa e as dificuldades vão aparecendo, é comum os problemas do dia-a-dia se imporem, fazendo com que se percam de vista os objetivos e a capacidade de conduzir a organização como um todo. O planejamento e a gestão estratégica, com elaboração de projeto, permitem retomar os objetivos e metas. Facilitam repensar o que está em andamento e comparar com o que havia sido traçado no início, possibilitando, ainda, as correções durante o percurso.
Também é preciso otimizar os recursos, não é mesmo? Sem dúvida. Os recursos para as ONGs têm crescido de uma maneira até razoável, mas ainda são escassos para a realização de todos os sonhos. Além disso, o Brasil ainda não é um país onde o aporte de recursos para ações sem fins lucrativos seja significativo.
O Sr. teria algum dado comparado? Os dados não são dos mais recentes, mas os que tenho de pesquisas realizadas na década de 1990 dizem que os recursos que movimentam o Terceiro Setor no Brasil correspondem a 1,8% do PIB, enquanto nos EUA são 6,4%. A diferença é muito grande. A média entre os países pesquisados foi de 4,5%. O Brasil tem muito ainda o que aportar para o Terceiro Setor em relação ao seu PIB.
O que leva ao esvaziamento de uma ONG? O esvaziamento se dá não apenas porque não percebem resultados apesar do esforço empregado, mas por não haver muita clareza em relação a objetivos e metas. Estes passam a ser mais claros quando as organizações elaboram uma missão. Poucas organizações o fazem e muitas das que o fazem, fazem sem ser de um modo participativo correto. A missão, em vez de ser da maioria, é de uma ou duas pessoas, por isso dificilmente dá certo. Nessa etapa da elaboração do planejamento o primeiro a fazer é saber para onde se quer ir, e sempre em conjunto, com o maior número possível de participantes, para funcionar depois. Mas isso raramente acontece, a maioria não pensa o que vai fazer, age na empolgação, no sentimento. Traduzir essa missão ou objetivos em metas é mais raro ainda. Mas isso é fundamental, porque a etapa seguinte é saber como verificar se essa missão está sendo realizada, aí eu quantifico essa missão através de indicadores que vão servir para que a gente possa monitorar ao longo do tempo se há ou não uma evolução.
Links
Sustentabilidade institucional e sustentatiblidade do projeto
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