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Gasômetro do Parque D.Pedro aberto à visitação

04/06/2008

04/06/08

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Gasômetro do Parque D.Pedro aberto à visitação

 

Por Débora Rangel

 

Dayan de Castro

O Complexo do Gasômetro reúne história, modernidade e sustentabilidade

A curiosidade dos passageiros que passam de Metrô pela estação D.Pedro II acabou: o Complexo do Gasômetro/Figueira abre gratuitamente, para visitação do público, a exposição permanente ?Gás: o Futuro Sempre Presente?, a partir desta quarta-feira (4/6). Ali as pessoas poderão ver a integração do histórico com a modernidade e a sustentabilidade, por meio de painéis interativos, fotos, vídeos e maquetes, além de monitoria prestada pelo Núcleo de Educação do Centro Memória do Gás, da Fundação Energia de São Paulo

 

A visita começa exatamente onde antes era um dos balões de armazenamento de gás no Gasômetro. Nesse espaço foram montados os painéis que explicam como o Complexo foi construído a partir do final do século XIX. Fotos e frases que marcaram a época dos postes de iluminação pública a gás, como a memorável música de Inezita Barroso: ?Lampião de gás, lampião de gás, quanta saudade você me traz?, podem ser vistas. É possível notar, pelas imagens reunidas, o desenvolvimento que a empresa trouxe à região, que era considerada afastada, em meados de 1872, e que levou outros industriais a instalar suas fábricas ao redor.

 

Dayan de Castro

Ainda é possível ver os antigos postes abastecidos a gás

Os visitantes podem ver as instalações originais da Casa dos Compressores, onde o público confere as máquinas originais que levavam o gás para regiões mais distantes do Centro. Nessa casa ainda há objetos dos antigos funcionários da San Paulo Gás Company Ltd.- nome original da Comgás ? como martelos, autorização de contratação, documentos e até uma cápsula do tempo, que continha notas e moedas do começo do século 20.

 

Na Casa dos Compressores, o público pode também usar computadores disponíveis para pesquisa sobre a linha histórica do gás, a história de São Paulo, cartões com imagens antigas e imprimir esses dados.

 

Por todo o Complexo, é possível encontrar alguma lembrança dos tempos em que São Paulo, principalmente o Centro, era abastecido com energia a gás, como a válvula, usada para liberar o gás a ser armazenado nos balões, e que fica até hoje entre a Catedral ? nome dado pelos funcionários por causa da arquitetura da estrutura ? e a Casa dos Compressores. Há ainda as grades dos fossos por onde escapavam alguns gases que, se acreditava na época, curavam problemas respiratórios; então, as mães levavam seus filhos para cheirar os vapores que subiam do subsolo. Atualmente sabe-se que não curavam nada, mas dilatavam os brônquios, por causa do enxofre que continuam e a criança conseguia respirar por alguns momentos. Aí também se encontram os famosos postes a gás, semelhantes aos que costumamos admirar no Pátio do Colégio, o primeiro sítio urbano a receber esse tipo de iluminação.

 

Turismo

 

Dayan de Castro

Cápsula do tempo encontrada com notas e moedas históricas em seu interior

Os balões de gás, feitos de anéis de metal, esvaziavam-se nos horários de pico do consumo, que coincidiam, obviamente, com o almoço e o jantar, voltando a encher-se em seguida. Esse processo atraía curiosos em volta do Complexo, que ficavam observando o movimento de sobe e desce dos armazenadores.

 

O espaço que abriga a exposição foi tombado pelo Condephat e pelo Conpresp e foi totalmente restaurado e revitalizado pela Comgás. Sendo assim, os materiais recolocados deveriam ser iguais aos originais, portanto, alguns vidros foram importados da Inglaterra e França, para cumprir com as normas do patrimônio histórico.

 

Dayan de Castro

Maquete do antigo balão que armazenava gás. Conforme era usado, ele diminuia de tamanho

Meio Ambiente

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