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Hip hop também tem espaço no Centro

25/07/2008

04/09/07

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Hip hop também tem espaço no Centro

  

Por Wellington Alves

 

Divulgação

JAM reúne profissionais e amadores do street dance todo 1º domingo do mês, na Galeria Olido

Domingo, 02/09/2007. Era o fim do ciclo de documentários ?História dos Bairros de São Paulo? e muitas pessoas iam à Galeria Olido reservar seus ingressos uma hora antes da última sessão. Mas algo estava diferente. As pessoas pegavam o ingresso e iam procurar de onde vinha aquele som alto, forte e bem ritmado que tomava conta do ambiente. Quando chegavam a Vitrine de Dança, na mesma Olido, viam jovens com roupas folgadas e chapéus, dançando juntos, descontraídos, sem notar a multidão que começava a se aglomerar do lado de fora. O som era hip-hop e estava acontecendo o JAM, encontro de dançarinos de street dance.

 

Organizado em parceria pelo UBI Zulu Kings e o grupo Discípulos do Ritmo, o JAM é uma conquista dos amantes do street dance (dança de rua), do hip-hop e do black music. Desde dezembro de 2006, a Secretaria Municipal de Cultura libera a Vitrine de Dança para que profissionais e amadores de dança de rua possam, gratuitamente, trocar experiências, se divertir e, principalmente, dançar.

 

Segundo King Soldierman, um dos participantes do JAM, o street dance consegue unir a arte de dançar ao ritmo da música que está tocando. ?É uma linguagem universal. O movimento acontece no mesmo tempo da batida do som e isso se torna uma forma de expressão.? Ele gosta de estudar a história do hip-hop e defende o estilo como meio de cultura pela paz, amor e respeito. ?Na década de 1960, o bairro do Bronks, em Nova York, estava decadente com muitos jovens fumando crack. A situação mudou quando o jamaicano Kool Herc passou a promover eventos de hip-hop. Os jovens passaram a ter uma ocupação e muitos abandonaram as drogas.?

 

Adílson Ramos de Lima, ou Poppindill, como é conhecido, mora em Itaquera e participa do JAM desde janeiro. ?Um evento como esse no Centro já é um atrativo. As pessoas param, olham o que está acontecendo, gostam, voltam e participam.? Durante as quatro horas mensais do JAM, cerca de 400 pessoas entram na Vitrine de Dança. A maioria vai na curiosidade, e mesmo que tenha medo de arriscar a dança, não há quem não goste de ver as coreografias.

 

Outras informações sobre o JAM no e-mail ubizk@hotmail.com.

   

Serviço

Galeria de Dança

Vitrine de Dança

Avenida São João, 473

1º dom de cada mês

16h às 20h

Grátis

 

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