La
Traviata, de Verdi, abrirá temporada lírica do Municipal
Divulgação
Rosana Lamosa
(soprano), no papel de Violetta, durante ensaio
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Com Rigoletto
e Il Trovatore, a ópera La Traviata compõe a famosa Trilogia
Verdiana, que tanto sucesso faz pelo mundo e, neste ano, vai abrir
a Temporada Lírica do Teatro Municipal de São Paulo. Serão 11
apresentações, de 22/3 a 31/3 e de 1º/4 a 7/4, com regência do
maestro Abel Rocha, diretor artístico do Municipal, e direção
cênica do italiano Daniele Abbado.
O libreto de Francesco Maria Piave, inspirado em Alexandre Dumas
Filho e seu romance "A Dama das Camélias", conta a história de amor
entre Violetta Valéry, uma cortesã na Paris de 1850, e Alfredo
Germont. Pressionado pela sociedade hipócrita e seus valores
morais, o casal vive o destino inglório, marcado pelo amor
romântico idealizado por Alfredo e pelo senso de realidade de
Violetta.
Três elencos diferentes participam da montagem: Irina Dubrovskaya
(dias 22 e 24/3); Adriane Queiroz (dias 23, 25, 27, 28 e 31/3); e
Rosana Lamosa (dias 01, 03, 05 e 07/4) vivem Violetta Valéry;
Roberto De Biasio (dias 22, 24 e 27/3) Marcello Vannucci (dias 23,
25, 28 e 31/3); Fernando Portari (dias 01, 03, 05 e 07/4)
interpretam Alfredo Germont; Paolo Coni (dias 22, 24 e 27/3),
Rodolfo Giuglianni (dias 23, 25, 28 e 31/3); Leonardo Neiva (dias
01, 03, 05 e 07/4) são Georges Germont; Magda Painno vive Flora
Bervoix;Eduardo Trindade é Gastone; Marcos Carvalho é Doutor
Grenvil; Sérgio Righini vive o Marquês D'Obigny; Luis Orefice, o
Barão Duphol; Sandra Felix é Annina; Walter Fawcett vive Giuseppe e
Leonardo Pace é o Comissário.
"Verdi coloca em La Traviata um tema atual naquele momento; é um
ato de muita coragem que comprova sua crença no teatro. A despeito
da sociedade em que vive e do modo como vive, Violetta tem grandeza
de espírito e caráter e sacrifica-se em nome do amor por Alfredo",
comenta Abbado. "A nossa encenação reforça esse olhar moralista da
sociedade, confrontando esses valores ao do casal protagonista,
colocando essas trocas no palco; nossos solistas raramente estarão
sozinhos, tendo sempre a referência de outra pessoa, que observa e
aponta."
A concepção cênica, segundo o diretor, "partiu de uma página em
branco, para que recriássemos esse famoso rito violento de
sacrifício, psicologicamente violento, de forma original. Estaremos
longe do naturalismo com que a ópera já foi muitas vezes
apresentada, portanto cenário e figurinos serão neutros e
funcionais. Aqui, o tempo é muito importante, pois conta a história
e produz diversas camadas de significação. No palco, a luz chama
atenção de forma expressiva, revelando diversas facetas e
priorizando ações no cenário, que é pouco detalhado".
Para Abel Rocha, é um prazer e um desafio montar La Traviata,
principalmente pela especificidade dessa temporada. "Esta é talvez
a ópera mais conhecida e executada de todos os tempos e, por essa
razão, apresenta diversas tradições e alguns vícios em sua
interpretação, nem sempre musicalmente justificáveis. Um estudo
criterioso dessa herança interpretativa é imprescindível para a
construção contemporânea de uma nova execução".
Serviço
Teatro Municipal
Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Tel. (11) 3397-0327 -www.teatromunicipal.sp.gov.br
Qui (22/3), sex (23/3) e sáb (24/3), às 20h; dom (27/3), às 17h;
ter (27/3) qua (28) e Sab (31/3), às 20h; dom (1º/4), às 17h; ter
(3/4), qui (5/4) e Sab (7/4), às 20h.
R$ 100, R$ 60 e R$ 40
Bilheteria: 2ª a 6ª, das 10h às 19h, ou até o início do espetáculo.
Sáb, dom e feriados, das 10h às 17h, ou até o início do
espetáculo.
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br/prefeitura
e tel. (11) 4003-2050
Metrô Anhangabaú
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