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Largo de São Bento, um caos
Dirigentes da Ação Local Largo de São Bento estão pedindo providências urgentes às autoridades municipais para conter o caos instalado nesse importante espaço público do Centro de São Paulo. No Largo de São Bento, nem a legislação permite camelô nem a Prefeitura emitiu autorização (TPU) para ninguém nesse lugar. Apesar disso, eles estão por toda a parte.
As três fotos tiradas por dirigentes da Ação Local Largo de São Bento em diferentes ângulos do espaço mostram camelôs vendendo objetos certamente de procedência ilegal e cedezeiros, aos gritos, e completamente à vontade, anunciando CDs, DVDs e softwares pirateados, aviltando totalmente esse importante espaço público.
Desperdício
Em 2001, quando foi implantado o "Boulevard São Bento" na Estação São Bento do Metrô, com seus charmosos restaurantes, a Viva o Centro e toda a coletividade da área, representada pelas Ações Locais, comemoraram o coroamento de uma série de ações iniciadas no Largo São Bento ainda em 1994, por iniciativa da Associação.
No começo dos anos 1990, a primeira ação consistiu no restauro e iluminação da fachada do Mosteiro com o patrocínio de dois dos filiados da Viva o Centro à época, o BankBoston e a Phillips. A seguir o Largo foi reconfigurado com a troca do piso, sua adaptação para portadores de deficiências e instalação de uma cabine da Polícia Militar 24 horas, já dentro da filosofia do programa de policiamento comunitário.
E mais restauro
Na edição de segunda-feira (18/9) do Estadão, na seção Persona, o jornalista Cesar Giobbi publicou uma ótima notícia: o Mosteiro de São Bento iniciou a restauração da casa de Marieta Teixeira de Carvalho, um dos raros remanescentes de casas do tempo do Império, em São Paulo, que conserva inclusive instalações da histórica senzala que mantinha no porão. As obras têm o patrocínio da Petrobrás.
O imóvel, nos conta o colunista, foi construído em 1878 por Carlos Teixeira de Carvalho, na Rua Florêncio de Abreu, 111, que sai do Largo de São Bento em direção à Avenida Senador Queiroz, em tijolos, mas com um detalhe interessante: ?as divisões internas são de rara taipa francesa muito bem preservada?. Uma vez restaurada a casa poderá abrigar um instituto cultural ligado ao Mosteiro de São Bento.
A pergunta que todos fazem é: por que desperdiçar toda essa conquista? Hoje se sabe que por trás de camelôs e cedezeiros há verdadeiras quadrilhas de falsificação, roubo de carga, contrabando e sonegação. A rede criminosa ocupa espaço, faz dinheiro, corrompe e se aproveita das mazelas sociais. Até quando?
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