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Moradores da
Vila Itororó, a ser restaurada,
irão para edifício na Bela Vista
Um
prédio na Bela Vista foi adquirido esta semana pela Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do Governo do Estado, e depois de
reformado servirá para abrigar as famílias que hoje vivem na Vila Itororó. O
objetivo da ação é dar suporte à implantação de um projeto cultural da
Prefeitura de São Paulo na vila, que contribuirá para a requalificação da
região.
O
edifício que estava vazio foi comprado por R$ 1,07 milhão, segundo o secretário
de Estado da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl. Possui 11
pavimentos, 3.346,50 m²
de área construída e está localizado na Rua Conde de São Joaquim, nº 171, em frente à Vila Itororó. A proximidade com
a vila foi um dos fatores que levaram à escolha desse prédio, já que a
preocupação da Companhia era não deslocar os moradores da região. "As
famílias irão sair de uma situação precária, com risco de despejo, para
moradias adequadas, no mesmo bairro, dentro de uma política de
integração", explicou Krähenbühl durante a assinatura da escritura na
terça-feira (19/6).
De
acordo com o secretário municipal de Cultura, Carlos
Augusto Calil, a ação da CDHU será decisiva para a
recuperação de uma área muito importante, e tem um caráter único. "São
Paulo merece ter esse ponto de referência de turismo, lazer e cultura. A vila
poderá ser um ponto de referência da cidade", afirmou. "O projeto
existia há 33 anos e agora começamos a trabalhar concretamente na sua
realização."
A
Vila Itororó é considerada a primeira Vila da cidade de São Paulo e está sendo
desapropriada pelo Governo do Estado e, após restaurada, será utilizada para
projeto cultural a ser desenvolvido pelas secretarias estadual e municipal de
Cultura. Composta de um casarão e 37 casas a vila foi construída em 1922 por um
tecelão português, no quarteirão das ruas Monsenhor Passaláqua, Maestro Cardim,
Pedrosos e Martiniano de Carvalho, também na Bela Vista. Mais tarde a vila foi
arrematada em
leilão pela Santa Casa de Misericórdia de Indaiatuba. Hoje se
encontram em processo de deterioração e com padrões de habitabilidade
precários. Nesses imóveis vivem 79 famílias que serão atendidas pela CDHU.
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