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Mulheres são homenageadas por sua importante presença no policiamento do Centro
Por Ana Maria Ciccacio
Solteiras ou casadas, com filhos ou não, elas trabalham duro. Segundo turno, em casa? Com certeza. Elas somam hoje 343 policiais militares no policiamento da região central de São Paulo, 160 delas no Centro Histórico, e no dia-a-dia de seu trabalho pela segurança da população da cidade se enturmam com a comunidade do local onde servem. Nesta sexta-feira, (16/5) elas foram homenageadas pelo Comando da PM.
Faz pouco tempo ? apenas 43 anos ? que as mulheres trabalham na Polícia Militar em São Paulo. Elas chegaram em 1955, eram 13 pioneiras em uma corporação cujas origens remontam a 1831.
A data da homenagem foi especialmente escolhida pelo cel. PM Álvaro Batista Camilo, comandante do CPA/M-1, que cobre todo o centro expandido de São Paulo, para marcar a passagem do Dia das Mães e do Dia da Policial.
Durante o café da manhã oferecido em sua homenagem pelo Comando da PM, com apoio da Associação Viva o Centro e patrocínio da BM&FBovespa, elas contaram um pouco sobre si e o relacionamento com o Centro. A confraternização foi no térreo do Restaurante Bovinus, no Anhangabaú, que ficou lotado de Policiais Militares Femininas, a maioria delas à paisana.
Assim, sem uniforme, elas se pareciam com todas as demais mulheres, que nas respectivas lides constroem o cotidiano da cidade. Imaginá-las com as fardas, cuidando do nosso bem-estar pelas ruas e praças, já é outra coisa: proporciona um grande conforto. São elas que, junto com os parceiros PMs do policiamento comunitário, fizeram cair nos últimos anos os índices de furtos no Centro e de homicídios por toda a cidade.
Toque feminino
Não por acaso, a festa preparada para elas pelos colegas e oficiais teve até a presença da Camerata do Corpo Musical da PM, com seus nove músicos regidos pelo tenente Isamel Alves de Oliveira, tocando de Vivaldi a Roberto Carlos em arranjos do soldado Reginaldo Budai. Em nome dos PMs, o cel. Camilo resumiu: ?Agradeço pelos serviços prestados por todas vocês. A mulher, quando atende a uma ocorrência, leva o toque feminino e lida melhor com as questões sociais e urbanas, que sabemos serem muito complexas. O que tenho as lhes dizer? Que se aperfeiçoem sempre, estudem, cresçam. Quero vê-las todas oficiais, um dia.?
Segundo o comandante do CPA/M-1, enquanto os índices de furtos crescem no mundo inteiro, na região central de São Paulo diminuem. ?E o de homicídios, tanto na capital como no restante do Estado, caiu em cerca de 60%, algo que aproximou a capital paulista dos índices de cidades como Nova York e Bogotá. Agora a nossa meta é transformar a área central de São Paulo num caso de qualidade total.?
Gosto pelo Centro
?Sempre gostei de trabalhar no Centro?, me disse a soldado Valdelice dos Santos, mãe de dois filhos, casada com policial militar, 41 anos, 20 dos quais na PM da região, pouco antes de se servir do café da manhã no Bovinus. ?Temos bastante apoio e muitas ocorrências também, mas em compensação, a violência é menor e o relacionamento, muito bom com a comunidade. Aqui é mais tranqüilo, tem tudo perto, o acesso é fácil, tanto que preferi morar nas redondezas. Hoje estou no Brás, mas já morei em Campos Elíseos e Armênia.?
A soldado Maria José de Oliveira, que completará em novembro 12 anos de atividade no Centro, mais exatamente na movimentada região da Rua 25 de Março, desloca-se todo dia do Jardim Germânia, próximo da Estrada de Itapecerica, para trabalhar. ?É longe, sim, mas venho com prazer?, afirmou ela. Vaidosa, não disse quantos anos tem, mas falou do filhão de três com o maior carinho e, sobre o Centro, disse curtir a imensa variedade encontrada no local. ?É gente de todo tipo, comércio diversificado, culturas diferentes, junto junto. Um espelho de São Paulo. Eu gosto muito.?
Grávida de sete meses, à espera da segunda filha, a soldado Márcia Dias, 30 anos, residente na Vila Formosa, também casada com PM, está há sete no 13º Batalhão do CPA/M-1. Ela atua no Brás. ?Antes trabalhava na Zona Sul, agora estou mais perto de casa e no Centro tem de tudo.? Como fará com as duas crianças, logo mais? Sem problema. ?Tenho minha mãe e a creche para dar uma força. É claro que vou continuar trabalhando.?
Perto da arte
Uma escapadinha à Pinacoteca ou ao Museu da Língua Portuguesa? É só sobrar um tempinho que a soldado Tatiana Fonseca, outra que femininamente esconde a idade, não desperdiça no Centro. ?Moro no Brás e quando estamos de folga, eu e meu marido, que também é PM, gostamos de curtir o que tem no Centro. Já trabalhei na Zona Sul, mas gosto mesmo é daqui.? O casal tem um filho com 14 anos.
Casada com comerciante, a soldado Marta ngela Rodrigues, 13 anos na PM, dois filhos, um de nove e outro de cinco, mora no Jardim Britânia, no km 25 da Via Anhanguera. ?Venho com prazer para o Centro. Desde que me formei trabalho na Estação da Luz. A agitação, o povo, os prédios...? Marta está fazendo o curso do Projeto ?Bem Receber?, proporcionado pelo São Paulo Convention & Visitors Bureau, na Viva o Centro, para policiais militares que atuam no Centro para um atendimento mais caloroso e objetivo a turistas que visitam a área. ?Estou adorando. A professora é nota 10.?
Trajetória de sucesso
Convidada pelo cel. Camilo para falar de sua trajetória na PM, a tenente cel. Maria Aparecida de Carvalho Yamamoto, 43 anos, casada com engenheiro e mãe de um garotão de 17, arrancou aplausos das companheiras. Como todas, ela também começou na corporação fazendo o curso de soldado, mas depois nunca mais parou de estudar até alcançar a importante patente.
Maria Aparecida, hoje, integra o Comando Geral da PM em São Paulo. Disse que não se arrepende de ter trocado o sonho de ser médica para ser policial. ?Quando soube que para fazer medicina não poderia trabalhar ao mesmo tempo, considerei a possibilidade de ajudar a comunidade de outro jeito e me inscrevi na PM.? Aprovada, lembra ter sido um choque o rigor da formação, mas superou. Formada, trabalhou na Luz. ?Aprendi tanto, foi gratificante.?
Inquieta, a soldado Maria Aparecida não se contentou com a conclusão de um único curso. E, assim, ao longo dos anos, foi fazendo outros: cabo, sargento etc etc. ?Nós, mulheres, temos o nosso espaço reservado no mundo e precisamos manter intacta a nossa sensibilidade.? Por fim, a tenente coronel exortou as colegas a aproveitar as chances oferecidas pela instituição para se qualificarem e requalificarem continuamente.
O
que
se
viu
na
homenagem
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