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Subsecretário Estadual de Habitação fala sobre impactos do Projeto Casa Paulista no Centro de São Paulo

20/08/2013

A Associação Viva o Centro recebeu na manhã desta terça-feira (20) Reinaldo Iapequino, Subsecretário Estadual de Habitação, que proferiu palestra sobre os impactos do Projeto Casa Paulista no Centro de São Paulo. O Subsecretário veio em nome de Sílvio França Torres, Secretário Estadual de Habitação, convocado pelo governador para um evento no interior de São Paulo.

O Subsecretário começou por falar das origens do projeto, aberto em abril de 2012 e que contou com estudos de cinco grupos, bem como quatro projetos pontuais de outras empresas. No total, 20.221 unidades serão entregues.

O Subsecretário respondeu então às perguntas da plateia. A grande maioria das questões disse respeito à desapropriação de imóveis para fins de interesse social, publicada no Decreto nº 59.273, de 7 de junho deste ano. Perguntado sobre as cartas que os moradores receberam notificando sobre a desapropriação, Reinaldo Iapequino tratou de tranquilizar os presentes. "O projeto não pensa em desapropriar o que não estiver vazio. Já recebemos muitos pedidos de exclusão da lista de desapropriação", disse o Subsecretário.

Ao longo dos 20 anos de duração do Projeto Casa Paulista, o setor privado irá investir R$ 4.638 bilhões. Os governos Estaduais e Municipais também irão contribuir para o Projeto. Até final de agosto, deverá ser publicado um edital com mais informações sobre o projeto.

Não sabe se o seu imóvel está no Decreto nº 59.273? Clique no link abaixo para conferir:

Decreto nº 59.273, de 7 de junho de 2013

Não pôde vir à palestra? Clique aqui para baixar a apresentação. Pode também ouvir o áudio da palestra.

 

Leia abaixo a matéria expandida

A Associação Viva o Centro recebeu na manhã desta terça-feira (20) Reinaldo Iapequino, Subsecretário Estadual de Habitação, que proferiu palestra sobre os impactos do Projeto Casa Paulista no Centro de São Paulo. O Subsecretário veio em nome de Sílvio França Torres, Secretário Estadual de Habitação, convocado pelo governador para um evento no interior de São Paulo.

O Projeto Casa Paulista foi aberto em abril de 2012. 32 grupos mostraram interesse em desenvolver projetos a ele relacionados, sendo que cinco deles efetivaram os estudos e outras quatro empresas apresentaram projetos pontuais. "Em dezembro, fizemos as análises dos estudos que chegaram. Foram apresentados projetos para 28 mil unidades, sendo que havíamos pedido para 10 mil. Quando entrou a nova administração, o prefeito Haddad aderiu à ideia e pudemos aumentar esse número para 20 mil", explicou o Subsecretário.

"Quando fizemos o chamamento, nós dividimos a cidade em seis setores. Para isso, partimos de dois estudos prévios que havia dentro da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Havia um programa de cortiços, que tinha uma projeção para fazer 2 mil unidades - chegou-se a fazer 1.700 -, e dentro daquele trabalho tinha um estudo que foi atualizado para efeito da PPP (Parceria Público-Privada). Segundo a nossa avaliação, não foi possível conseguir um resultado para aquele formato de projeto. Então, passamos a buscar alternativas para aumentar essa escala. Tínhamos também um outro estudo, da Secretaria de Planejamento do Estado, mostrando que, mesmo sendo mais caro fazer habitações aqui no Centro, seria mais barato do que fazer nas periferias, em função de toda infraestrutura que deveria ser levada para lá", seguiu Iapequino.

O Subsecretário também falou sobre o número total de unidades a serem entregues. "Ao todo são 20.221 unidades, 12.208 para HIS (habitação de interesse social), ou seja, para quem ganha até seis salários mínimos, e 6560 para quem ganha até três pisos salariais", disse Iapequino.

Também houve explicações a respeito de quais áreas seriam utilizadas. "Em todos os setores, mais de 90% das áreas escolhidas são ZEIS (Zona Especiais de Interesse Social), que estão definidas no Plano Diretor desde 2002. Viemos a descobrir depois que existem ZEIS que possuem escolas há 70 anos, então vamos encontrando essas situações no processo. Buscamos nas ZEIS, preferencialmente, os imóveis vazios, subutilizados ou com degradações, sem que seja necessário fazer reassentamentos de famílias".

Ao longo dos 20 anos de duração do Projeto Casa Paulista, o setor privado irá investir R$ 4.638 bilhões. Os governos Estaduais e Municipais também irão contribuir para o Projeto. Até final de agosto, deverá ser publicado um edital com mais informações sobre o projeto.

O Subsecretário respondeu então às perguntas da plateia. A grande maioria das questões disse respeito à desapropriação de imóveis para fins de interesse social, publicada no Decreto nº 59.273, de 7 de junho deste ano. Perguntado sobre as cartas que os moradores receberam notificando sobre a desapropriação, Reinaldo Iapequino tratou de tranquilizar os presentes. "O projeto não pensa em desapropriar o que não estiver vazio. Já recebemos muitos pedidos de exclusão da lista de desapropriação", disse o Subsecretário.

O Subsecretário frisou que apenas os imóveis vazios ou subutilizados serão desapropriados. Também revelou que estacionamentos fazem parte da lista de desapropriação, desde que estejam em ZEIS ou em situação de degradação. Por outro lado, os comércios e cortiços não serão afetados. "Desde que a empresa esteja 100% operacional, não será afetada. Queremos fortalecer o negócio, pois é ele que dá sustentabilidade ao projeto. Também não queremos mexer em áreas de cortiço, pois achamos que há outros locais em que podemos atuar. A CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços) irá elaborar uma avaliação e, posteriormente, serão anunciadas as exclusões da lista de desapropriação".

Por fim, Reinaldo Iapequino respondeu ainda a questões sobre o ponto de vista social do projeto e também a respeito das responsabilidades da concessionária para com a comunidade da região. "Se seguirmos a ordem imobiliária, a população com menos recursos financeiros seria expulsa da cidade, pois as áreas em que vamos atuar seriam utilizadas para outras iniciativas. Para nós, é muito mais caro levar as pessoas para longe e criar infraestrutura lá", afirmou. "A empresa que vencer a licitação tem que interagir com as famílias, com a comunidade. Caso contrário, será penalizada", finalizou o Subsecretário.

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