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São Paulo na rede de fóruns mundiais sobre cidades
Por Ana Maria Ciccacio
A cidade de São Paulo, de meados dos anos 1990 para cá, deixou de ser um simples e esquecido ponto no mapa para freqüentar importantes fóruns mundiais de debate urbano, ao lado de outras grandes metrópoles. A tendência, daqui em diante, deverá ser a de consolidar a posição conquistada. A sinalização vem da íntegra da entrevista concedida pela secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Helena Maria Gasparian, e integrantes de sua equipe ? Adriano Nogueira Zerbini, secretário adjunto; Renata da Costa Viellas Rödel, chefe de Gabinete; e Adriana Telles Ribeiro, coordenadora dos seminários Aula São Paulo ? , como anunciado no informe Viva o Centro. Leia a seguir:
InformeOnline Que avaliação podemos fazer do último seminário promovido em São Paulo pelo ITDP-Institute for Public Transportation and Development (ITDP), de Nova York, com apoio da Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura e da Associação Viva o Centro? A experiência de Bogotá foi implementada pelo poder público, enquanto a de Nova York, mais especificamente de Times Square, resulta de uma parceria da sociedade civil organizada com o poder público e a de Copenhague decorre de uma articulação da iniciativa privada (um importante escritório de arquitetura) com o poder público para melhorias nos centros dessas cidades.
Secretária Helena Maria Gasparian: A gente tem buscado trazer os vários arranjos possíveis entre esses três protagonistas: poder público, sociedade civil organizada e iniciativa privada. Trouxemos a Cidade do México e Barcelona, que tiveram diferentes arranjos para diferentes realidades. Trouxemos Londres, Nova York, Lisboa e Recife. A utilidade desses seminários, primeiro, é ver que temos problemas que outras cidades também têm. Em segundo lugar, não há maneira certa ou errada de resolver problemas, mas existem maneiras mais ou menos criativas. Procuramos, desde o início dos seminários, trazer diferentes arranjos que deram certo em cidades como Barcelona, Cidade do México, Londres, Nova York, Lisboa, Copenhague, Recife, Bogotá, para discuti-los com base em nossa própria realidade. Uma das coisas mais importantes para nós é formar uma massa crítica, de muita gente, discutindo o futuro da cidade.
InformeOnline É essa a estratégia? Secretária Helena Maria Gasparian: Esse é o ponto comum do sucesso de todas as iniciativas que passaram por aqui. Tem havido um debate público muito grande, muita gente interessada se envolveu. A discussão chegou aos jornais e foi intensa em associações da sociedade civil organizada, como é o caso da Associação Viva o Centro. Essas associações foram grandes animadoras do debate. O nosso papel aqui é quase de provocadores. Todas as pessoas que vêm para cá têm um padrão de excelência comprovada. Temos uma parceria com a Telefônica que nos possibilita trazê-las e, claro, também com a instituição de Barcelona ? Aula Barcelona ?, mundialmente renomada.
InformeOnline A Associação Viva o Centro abrigou em meados dos anos 1990 o grande debate preparador do Habitat II, em Istambul, trazendo à cena, de modo inédito para o Brasil, questões até hoje importantíssimas para melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades. Qual a convergência entre essas iniciativas e as atuais? Secretária Helena Maria Gasparian: Quase todo mundo que veio participar da Aula São Paulo nunca tinha estado na cidade. Essa é a parte do projeto que mais me interessa como secretária de Relações Internacionais da Prefeitura. Os convidados vêm e nós lhes mostramos nossa cidade. Quero São Paulo, com essa característica de cidade mestiça que a diferencia e eleva, no radar dos grandes fóruns mundiais sobre cidades. É impressionante uma cidade do tamanho da nossa, que tem como história de sucesso reunir a maior mistura de diferentes populações do mundo ? somos a cidade mais mestiça do mundo ?, ser tão pacífica nesse marketing. A comparação imediata seria Nova York, mas lá existe, inegavelmente, uma grande tensão racial. São Paulo, todavia, ficou um pouco fora do radar desses grandes debates sobre urbanismo que estão acontecendo no mundo. Então a gente tem que trazer esses especialistas em questões e políticas urbanas, mostrar muito a cidade. Eles ficam enlouquecidos com essa característica de São Paulo e São Paulo se enriquece com esse olhar estrangeiro sobre ela.
Adriana Telles Ribeiro, coordenadora dos seminários Aula São Paulo: A Associação Viva o Centro tem sido uma parceira importante ao longo das últimas edições do Aula São Paulo. Focalizamos bastante a recuperação dos centros das metrópoles, a paisagem urbana, até por nossa iniciativa ter nascido sob inspiração do Aula Barcelona, e contar com o apoio deles. A Viva o Centro tem sido uma parceira importante tanto na divulgação como na cobertura dos eventos. A Lui (Carolina Carvalho Tanaka, coordenadora do Núcleo de Estudos da Associação), o Victor (Eskinazi, coordenador do Departamento Técnico), a Maria Ana (Capobianco, responsável pelas relações da entidade com os associados) ? essas pessoas têm sido parceiras muito importantes. Além disso, temos articulado visitas dos convidados da Aula São Paulo à entidade. Os próximos seminários poderão enfocar várias outras questões, como segurança pública e preservação do meio ambiente. A idéia é trazer boas experiências internacionais para a problemática de São Paulo, entre elas a recuperação do Centro.
Renata da Costa Vielas Rödel, chefe de Gabinete: Por iniciativa da Viva o Centro, com parceria do jornal Valor Econômico e da Secretaria de Relações Internacionais, mais o apoio da Aula São Paulo, realizaremos um seminário bem maior do que os que a gente tem realizado até agora. Vamos discutir várias questões ligadas à requalificação do Centro de São Paulo e entre os expositores faremos tudo para trazer Richard Sennett e sua mulher Saskia Sassen.
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