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Teatro Cultura Artística se prepara para reabrir as cortinas

28/06/2010

26/04/10

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Teatro Cultura Artística se prepara para reabrir as cortinas

 

Por Renata Cristina Pereira

 

Renato Leary

A Já iniciaram as obras para reconstrução do Teatro Cultura Artística

O Teatro Cultura Artística, obrigado a fechar suas cortinas a uma programação de alto nível por causa de um incêndio, começa a se preparar para sua abertura e início de novos espetáculos. A boa notícia, pela qual todos ansiavam, é que as obras de reconstrução do Cultura Artística começaram, e na mesma Nestor Pestana de sempre.

 

O novo Teatro Cultura Artística receberá apresentações dos mais variados espetáculos exatamente no mesmo local onde operou por quase 60 anos e um dos motivos de ocupar o mesmo endereço é o magnífico mosaico de Di Cavalcante e a fachada original, considerada patrimônio histórico, que se manteve de pé. Na 1ª etapa das obras serão restaurados a fachada e o painel de Di Cavalcanti, ambos tombados pelo Condephaat. A 2ª consistirá na reconstrução do teatro.  Diferentemente do antigo, que possuía duas salas, o novo terá apenas uma para receber 1.406 expectadores, sendo 788 lugares na primeira fila de camarotes, dois níveis de balcões, o primeiro com 232 lugares e o segundo com 230.

 

Segundo o arquiteto responsável, Paulo Bruna, no novo projeto, o palco terá formato italiano, com cenotécnica de ponta, para múltiplos usos, podendo receber variadas modalidades de música, dança, teatro e até mesmo programas complementares como projeções de vídeos, palestras, convenções e workshops. ?No antigo, a platéia era muito grande em um único nível?, afirma Paulo Bruna

 

Renato Leary

Primeira etapa das obras prevê a restauração da fachada e o painel de Di Cavalcanti

O foyer do teatro ganhou atenção especial. Bem mais amplo do que o original, nele será possível instalar um grande bar com mesas, chapelaria, loja de CDs, acessar elevadores e duas escadas rolantes de grande capacidade. Dessa maneira, o público circulará sob a platéia e terá acesso, por ambos os lados, ao teatro. Nos níveis das entradas do auditório, criam-se outros pequenos foyers com bares, permitindo que sejam organizadas recepções e eventos particulares, com acesso restrito aos camarotes. Esses espaços poderão ser usados para outras finalidades, gerando renda extra à Sociedade de Cultura Artística, como já ocorre em museus, aeroportos e em muitos teatros. ?O teatro não poderia ser construído como era. Antes o foyer era pequeno, nossa ideia foi torná-lo grande?, diz Paulo Bruna.

 

Os artistas terão mais espaço nos camarins que seguirão padrão internacional. Serão quatro camarins individuais, sendo dois com saletas para receber jornalistas e amigos; seis camarins para oito pessoas; dois camarins auxiliares, um masculino e outro feminino. Todos os camarins terão um sistema de intercomunicação com a produção e monitores de vídeo e áudio ligados ao palco. Além disso, para os artistas haverá ainda: sala para ginástica, sala para aquecimento, dança e voz, pequeno ambulatório, ?green room? ou sala de estar/bar, pequeno escritório com acesso à internet, rouparia com lavanderia e estacionamento no subsolo. ?Os artistas gozarão de maior conforto nos bastidores. Haverá uma completa separação entre os funcionários permanentes do teatro, da produção visitante, dos atores e músicos?, explica o arquiteto.  

 

A expectativa é completar as obras, orçadas em R$ 75 milhões, até o final de 2012 ? ano do centenário da Sociedade de Cultura Artística. Agora é só esperar as cortinas se reabrirem e aproveitar o espetáculo!

 

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