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Teatro Municipal de roupa nova
Por Débora Rangel
Inspirado no teatro Ópera de Paris, projetado por Ramos de Azevedo, palco de grandes óperas e da Semana de 22. Hoje é a casa da Orquestra Sinfônica Municipal, do Balé da Cidade e da Orquestra Experimental de Repertório. O Teatro Municipal é mais do que um cartão postal, é um marco na cidade de São Paulo, e recebeu nesta sexta (13/6) um grande presente: a autorização do prefeito Gilberto Kassab para a restauração conservativa das fachadas, restaurante, salão nobre e algumas esculturas externas. A obra tem previsão de durar 12 meses. Esta é a primeira vez que o teatro passa por uma intervenção tão grande.
O Salão Nobre, aberto durante os espetáculos, possui alguns vitrais quebrados e até remendados com fita adesiva. Além de algumas pinturas no teto e nas paredes e algumas tapeçarias necessitando de restauro. A restauração conservativa substituirá os vidros, valorizará algumas peças que hoje estão escuras e reformará o piso de madeira.
Com o passar do tempo, a poluição e o agir do clima, a fachada do Teatro ganhou um aspecto sujo e algumas sacadas estão se desmanchando. ?O Municipal possui uma pedra porosa que absorve muita água. Com a obra, deixaremos essa pedra respirar e a água não vai penetrar?, diz Ronaldo Ritti, diretor da área de restauro da Concrejato, empresa ganhadora da licitação pública feita pela Secretaria de Cultura e responsável também pela restauração da Biblioteca Mario de Andrade.
Para a conservação, a arquiteta do Departamento do Patrimônio Histórico, Rafaela Bernardes, explica: ?Grande parte do exterior é feita de arenito, usaremos próteses e materiais semelhantes aos da época, o local ficará mais protegido e durará cerca de mais 30 anos sem restauro.?
O Teatro ganhará também iluminação monumental, ou seja, uma iluminação que valoriza os elementos da fachada, semelhante àquela existente no exterior da Sala São Paulo.
Os funcionários que farão a obra são especialistas em técnicas artesanais e formados pelo Monumenta. Todo o processo será fiscalizado pelo DPH, Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e Secretaria Municipal de Cultura.
Também incluso no projeto, o restaurante se encontra com as paredes deterioradas e com suas pinturas descascadas. Essas obras artísticas foram cobertas por uma camada de tinta no passado e foi descoberta pelos restauradores durante a reforma feita entre 1987 e 1991.
Para Carlos Augusto Calil, secretário da Cultura, o investimento no vetor cultural traz desenvolvimento urbano na região. Ele tem percebido que atualmente os jovens freqüentam muito o Teatro. ?Os preços estão mais acessíveis e também há concertos para escolas. Isso tira a idéia de que o teatro é inacessível, se a nova geração entender que o Municipal pertence a ela, o espaço será conservado?, diz.
Segundo o secretário, até o final do ano o projeto Praça das Artes se concretizará. ?O Teatro Municipal deveria ter espetáculo todos os dias, mas é usado para ensaios, não temos mais espaço. Com a Praça das Artes, daríamos um jeito nisso.?
Para o secretário adjunto, José Roberto Sadek, ?a reforma do Municipal valoriza um dos cartões postais da cidade e eleva a auto-estima do Centro.?
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