Home > Notícias do Centro > Arquivo de Notícias > Uma caravana multicultural africana invade São Paulo

Uma caravana multicultural africana invade São Paulo

07/06/2010

07/06/10

página inicial   | página anterior índice de notícias

 

Uma caravana multicultural africana invade São Paulo com muita música, dança, culinária e futebol

 

Pela primeira vez a África é sede da copa do mundo. No Brasil, uma caravana multicultural africana chega ao país trazendo música, dança, culinária, futebol em um projeto sociocultural, realizando oficinas e shows. Quitutes e Batuques é uma caravana de artistas internacionais e nacionais que chega à São Paulo no dia 8/6 e fica até 13/6 no no Espaço Criança Esperança São Paulo â?? CEE Oswaldo Brandão, com show de encerramento na Casa das Caldeiras.

O tema é a cultura africana e suas heranças, entre elas a Cultura Mandinga, desenvolvida a partir do Império de Mali do século XIII, predominante na região conhecida como Mandén (África Ocidental). A força dessa cultura perdurou mesmo após o fim do império, espalhando-se pelo mundo por meio da diáspora africana. Quitutes e Batuques traz artistas africanos que, juntamente com artistas locais, mostrarão como a cultura brasileira tem fortes raízes africanas, e ao mesmo tempo, como as influências das Américas mudaram o perfil das artes contemporâneas africanas.

Entre 8 e 13/6, acontecem oficinas socioculturais, que se assemelham a uma residência artística, em que os artistas africanos convivem intensamente com a população local. Há um intercâmbio estreito, já que a comunidade e seus artistas são anfitriões

e apresentam sua visão de mundo, dividem experiências e encontram novas formas de soluções para questões comuns, por meio das expressões culturais de cada um.

As oficinas desenvolvidas serão culinária, dança, vídeo, percussão, biomúsica e confecção de instrumentos musicais artesanais. Elas serão organizadas para que se realize uma festa final com a participação de todos, comunidade e artistas. Assim como o conhecimento gerado nas oficinas é aplicado na produção deste evento de encerramento, pode ser aplicado em outras produções culturais, o que traz um caráter multiplicador ao projeto. No fim da residência, Carlinhos Antunes, Rui Barossi, Thomas Rohrer e Simone Sou encontram os artistas Quitutes e Batuques para a realização de um show inédito, uma jornada pelos rumos da música africana do tradicional às novidades do Afro Pop.

Oficinas

Oficinas de Culinária
A cantora e bailarina Fanta Konatê, da Guiné Conakry (antiga Guiné Francesa), traz toda sua experiência na diversa e exótica culinária do Oeste Africano, com pratos típicos de diversos países na abrangência do Império Mandinga. Fanta aprendeu a dança e a culinária em sua própria família, reconhecida internacionalmente pela profundidade e conhecimento da tradição Malinkê, e estruturou um cardápio que apresenta desde o prato mais inusitado até aqueles que fazem ponte com a culinária brasileira, revelando que somos mais próximos dos Mandingas do que podemos imaginar.

Oficinas de Percussão e Dança
Adama Yalombá, do Mali, realizará oficinas que trazem a atualidade das danças e percussões de Bamako, apresentando a combinação de instrumentos e seus contextos nas festas Bamaná. O djembê, tambor em forma de cálice, e seus acompanhantes de base como os Dununs, Karinhans e Kodos, serão apresentados de maneira moderna, mantendo-se a estrutura que conduz as danças, desde os tempos do Império Mandinga, no século XIII.

Oficinas de Biomúsica
Luis Kinugawa é musicoterapeuta e criou a Biomúsica Sem Fronteiras a partir da experiência com percussão, culturas populares e trabalho humanitário, atuando no Brasil, EUA e África. O objetivo da oficina é promover uma experiência de integração coletiva baseada na ancestralidade africana, através de um formato lúdico e totalmente inovador. Tambores, movimentação corporal, voz e muita percussão são utilizados neste belo trabalho que chega a integrar centenas de pessoas de todas as idades, de professores de música àqueles que nunca tiveram contato com nenhum instrumento musical.

Oficinas de Confecção de Instrumentos Artesanais
Crianças e jovens de 10 a 20 anos criarão instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis e de baixo custo, aprendendo a tocar a partir de conceitos musicais que serão introduzidos. A oficina será realizada pelo arte-educador e músico Pitu Leal que visa difundir as competências artísticas dentro da percussão, induzir os alunos ao conhecimento de outras etnias e ritmos brasileiros, utilizando assim a improvisação com os diversos tipos de materiais reaproveitáveis dentro da realidade local, nunca esquecendo das preocupações com o meio-ambiente. Uma articulação da imaginação, emoção e sensibilidade dos indivíduos em formação para sua expressão artística. Pitu possui projetos sociais semelhantes nas comunidades do Real Parque e Taboão da Serra. Entre os instrumentos que serão feitos estão tamborim, xequerê e pandeiro.

Oficinas de Vídeo
Gabriel Madeira propõe práticas audiovisuais a partir da realização do documentário Quitutes e Batuques 2010. Jovens participantes de oficinas de vídeo poderão aprofundar seu conhecimento participando do planejamento e gravação do documentário. Serão analisadas as escolhas do diretor e como estas conduzem as demais funções em um ambiente de produção audiovisual. De acordo com o conhecimento de cada um, os participantes poderão assumir funções específicas na realização entrando para equipe do documentário.

Show Quitutes e Batuques
Quitutes e Batuques em parceria com o Instituto África Viva reúne artistas africanos com grandes músicos brasileiros, apresentando a conexão musical entre a ancestralidade e contemporaneidade, em uma sonoridade atual, repleta de significados e histórias do velho e do novo mundo. Com danças e projeções multimídia que tornam o show um espetáculo de beleza, cenografia e técnica. � uma viagem musical pela cultura africana, partindo dos elementos tradicionais ao encontro da África contemporânea. Que se inicia pelo encontro com a música funcional que permeia as atividades cotidianas dos povos africanos, passa representação de seu desenvolvimento pela criação de ritmos pelas mãos dos descendentes da diáspora negra em terras do Novo Mundo. Também, a influência desses novos ritmos na cultural tradicional africana como uma volta às raízes e o desenvolvimento de uma nova música popular africana que se desponta como um dos gêneros mais importante da world music.

Vivênciaâ?? Cultura Africana
A Vivência é uma atividade de integração entre artistas e comunidades. Nesse momento, todos se reúnem para pensar o projeto e transformar esses pensamentos em conhecimento aplicado ao cotidiano da comunidade. Em 2010, o projeto encontra a cultura africana como universo para expressão artística. Para os africanos, a música é parte de seu cotidiano e relações tanto as estabelecidas pela espiritualidade quanto entre indivíduos e comunidades. Esse aspecto funcional da música tradicional africana é colocado como tema e instrumento de integração da Vivência. Os participantes irão conhecer a música africana a partir de sua utilidade na comunidade e experimentá-la em seu cotidiano. Como conseqüência, as atividades trarão a tona questões particularmente ligadas à comunidade, que em contraponto com a realidade dos artistas e profissionais da caravana irão permitir um novo olhar para diferentes assuntos do dia a dia. A Vivência é um chamado para a comunidade se unir compreendendo a diversidade entre ela, o mundo e entre seus integrantes, percebendo que o esforço pela soma das diferenças é gerador de melhores oportunidades e resultados do que a divisão da atitude individualista.

Panna Knock Out Brasil
Panna é o jogo de futebol Holandês com uma regra principal, ganha quem passar a bola entre as pernas do adversário. O drible conhecido no Brasil como rolinho ou caneta recebeu dos descendentes de imigrantes surinameses na Holanda o nome de Panna, portal em suronamês. Joga-se um contra um em quadras infláveis com dois pequenos gols em partidas de 3 minutos. Se ninguém faz um Panna, ganha quem fizer mais gols. Quanto mais habilidade nós pés, maior a chance de êxito. O jogador familiarizado com os truques de estilo livre leva a vantagem, mas o jogo é para todas as idades e perfis. Por isso, Panna é um esporte de integração sócial, qualquer um pode jogar. Mais do que um esporte, Panna é estilo de vida, um evento autenticamente street, é acompanhado por Black Music tocado por um DJ, comandado por um MC e com apresentações de grandes freestylers brasileiros.

As inscrições podem ser realizadas pelo telefone: (11) 3978-8954/ 3975-0700. Outras informações em www.quitutesebatuques.blogspot.com.

Atividades em São Paulo - Quitutes e Batuques

 

Deixe Seu Comentário:

Gostou? Então compartilhe.

Data 

Horário

Artista

Atividade

     
 

8, 9, 10 e 11 de junho

9h â?? 11h

13h â?? 15h

Adama Yalomba, Hawa e Ali Diarra Local: Tenda ou quadra do Espaço Criança Esperança

Oficina de Dança e Percussão

8, 9, 10 e 11 de junho

9h â?? 12h

Fanta Konatê
Local: Cantina Espaço Criança Esperança

Oficina de Culinária

8, 9, 10 e 11 de junho

13h â?? 15h

Pitu Leal
Local: Tenda ou quadra do Espaço Criança Esperança

Oficina de Confecção de Instrumentos Musicais

9, 10 e 11 de junho

10h â?? 12h

Luis Kinugawa - Africa Viva e Bayfal Local: Espaço Criança Esperança

Oficina de Biomúsica

12 de junho

10h â?? 13h

Artistas Quitutes e Batuques e alunos
Local: Quadra do Espaço Criança Esperança

Panna