A Associação Viva o Centro reuniu nesta quinta-feira, dia 7, na
Associação dos Advogados de São Paulo, os responsáveis pelas
câmeras de segurança da região do Triângulo Histórico e
representantes da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana,
Polícia Civil e da Subprefeitura Sé. O intuito do encontro foi
debater detalhes do projeto "Triângulo 100% Monitorado", em
implantação pela Aliança pelo Centro Histórico, conduzida pela Viva
o Centro.
Neste primeiro encontro, os 44 presentes receberam material por
meio do qual fornecerão as informações relativas à área de
cobertura de seus equipamentos. Para tal, bastará preencher a ficha
recebida na reunião. Após o preenchimento, os Agentes Comunitários
da Aliança pelo Centro Histórico irão recolhê-las e a Viva o Centro
irá digitalizá-las.
O projeto, apresentado por Marco Antonio Ramos de Almeida,
superintendente da Viva o Centro, tem como principais objetivos
monitorar integralmente os espaços públicos do Triângulo Histórico
por meio de câmeras de segurança privadas, criar uma rede de
relacionamento entre os responsáveis pelas câmeras, bem como entre
eles e os organismos de segurança responsáveis pela área, e
divulgar a existência do monitoramento, de forma a inibir ações
delituosas ou anti-sociais e estimular a sensação de segurança na
área.
O Comandante Geral da Guarda Civil Metropolitana, Gilson
Menezes, apoiou a iniciativa e comprometeu-se a auxiliar os
integrantes da rede de relacionamento. "Só no Centro Velho e Centro
Novo nós temos 44 câmeras, mais as câmeras que são espelhadas da
Polícia Militar. A ideia deste projeto é muito propositiva, no
sentido de começarmos a dialogar e mais do que isso, termos
condições de sabermos exatamente onde está toda esta logística no
Centro. Este projeto também é interessante para sabermos quais são
os locais que ainda não têm câmeras. Iremos encaminhar todos os
pontos monitorados pelas câmeras da GCM para auxiliar este
trabalho".
Para o Comandante Interino da Polícia Militar na região central,
o Tenente-Coronel Wagner Rodrigues, o projeto é "importantíssimo,
pois convoca a população", salientando também que "a solução da
polícia passa pela comunidade, por um diálogo entre sociedade e
Estado".
O Dr. Luís Segantin, representando o Delegado Seccional Centro,
destacou a importância do papel da sociedade para o bom
funcionamento das operações das autoridades. "A gente precisa dessa
atuação da iniciativa privada, da comunidade, do cidadão no sentido
de ajudar o nosso trabalho", afirmou. Segantin, que também trabalha
com a inteligência da Polícia Civil do Centro explicou como o
projeto "Triângulo 100% monitorado" pode contribuir para o trabalho
da Polícia.
"Inteligência não é algo escondido, que está só nos manuais
internos da Polícia Civil. Inteligência é cada ato que a gente
consiga medir, cada rosto, cada pessoa que identificamos, cada
situação que permita a prevenção", prosseguiu. "Não tem como ser
onipresente, achar todas as situações. Sabendo onde estão as
imagens, quem viu, quem sabe, nós certamente correremos atrás",
concluiu.
Além das autoridades, vários representantes das empresas e
organizações falaram, solicitando esclarecimentos, oferecendo
sugestões e apoiando a iniciativa, entre os quais Alice Faria, da
Caixa Econômica Federal, Ariel Costa, do 1º Oficio de Registro,
Moacyr Bittencourt, presidente da Ação Local José Bonifácio,
Roberto Vieira, sócio-proprietário dos estabelecimentos Kamaro e
Restcentro.
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