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Viva o Centro reúne 60 grandes geradores de lixo do grupo interessado na contratação em bloco do serviço de coleta

19/08/2011

19/08/11

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Viva o Centro reúne 60 grandes geradores de lixo do grupo interessado na contratação em bloco do serviço de coleta

  

Dulce Akemi

Encontro na Viva o Centro reuniu mais de

65 pessoas e foi muito produtivo

Na quarta-feira (17/8), a Viva o Centro recebeu representantes de 60 grandes geradores da área do Triângulo, articulados pela Aliança pelo Centro Histórico. Eles assistiram à exposição do Limpurb sobre como contribuir para o bom cumprimento da Lei do Lixo e à proposta de uma das empresas que aceitam contratação em bloco da coleta, a EcoTrans.

O Triângulo Histórico é a área que tem suas extremidades nos largos São Francisco e São Bento e Praça da Sé, onde atua a Aliança pelo Centro Histórico, programa de zeladoria urbana e marketing local, desenvolvido pela Viva o Centro, com patrocínio da BM&FBovespa, Associação Comercial de São Paulo, Banco Itaú, Banco do Brasil e Associação dos Advogados de São Paulo.

O superintendente da Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, fez a introdução do evento dando destaque à necessidade de a comunidade colaborar para que a Lei do Lixo funcione e o Triângulo fique mais limpo. ?Se cada grande gerador contratar uma empresa coletora, teremos circulando na área de 50 a 60 caminhões toda noite. Agora, se a comunidade se articula e contrata duas ou três empresas para o serviço, seguindo o princípio da compra coletiva, os custos se reduzirão para cada contratante e o Triângulo se beneficiará com menos caminhões circulando. O espírito da Aliança é tornar essa área modelo em matéria de zeladoria urbana, por isso está colaborando tanto com os grandes geradores como com as empresas coletoras, fazendo o meio de campo quando necessário.?

Na sequência, Leonardo Pereira de Toledo, agente vistor do Limpurb, departamento da Secretaria Municipal de Serviços encarregado da limpeza urbana, fez uma exposição detalhada sobre a complexidade desse sistema numa cidade do tamanho de São Paulo (1.523 km2 de área, 11,2 milhões de habitantes). Munido de um arquivo digital com mapas, gráficos, cifras, fotos e textos, ele esmiuçou a Lei do Lixo e exortou todos a cumpri-la.

?O papel da Prefeitura não é punir, mas fazer com que o sistema funcione, com cada cidadão fazendo sua parte?, explicou Leonardo. ?Por isso nossa primeira atitude tem sido orientar. Procuramos mostrar ao infrator que fazer descarte irregular de lixo constitui crime ambiental. A segunda atitude, porém, é multar; e se houver três reincidências, suspender a autorização de funcionamento do estabelecimento. O país está crescendo. O que os grandes geradores precisam perceber é que o que pagarão hoje pela contratação da coleta dos resíduos que geram, ganharão amanhã com a limpeza, uma vez que terão cada vez mais clientes.?

Segundo Leonardo, essa é a única forma de autuar os maus empresários, porque em toda atividade profissional há bons e maus. ?Estamos preparados para punir quem é mas quem quiser dar uma de esperto a gente vai punir com prazer.?

Esforço de conscientização

Dulce Akemi

Comerciantes, síndicos de condomínios e

responsáveis por empresas estatais como o Metrô

pretigiaram a reunião

Leonardo lembrou que desde 2008 desenvolve um trabalho de conscientização dos grandes geradores do Centro com o apoio da Viva o Centro. ?O resultado é sensível?, disse. ?Se em janeiro tínhamos cadastrados no Limpurb apenas 69 grandes geradores, em agosto chegamos a 141 ? um crescimento de 100%. Esse mapeamento é muito importante para um trabalho eficiente e de qualidade em limpeza urbana.?

A coordenadora da Aliança, Lui Carolina Tanaka, em adendo à exposição de Leonardo, disse que o objetivo da Viva o Centro é manter o Centro pujante e intenso, para isso esse trabalho de conscientização das responsabilidades de cada um na comunidade tem sido uma constante.

Por fim, na segunda etapa da reunião, após um coffee break, Roberto Fernando, da EcoTrans apresentou a empresa aos participantes do encontro e pediu-lhes que preenchessem um questionário para entender as necessidades de horário da coleta e a demanda de volume de cada um. Os participantes ficaram de enviar o questionário ao empresário por e-mail.

Luiz Sérgio, da Tecnac Imóveis e Administração, achou bastante esclarecedoras as exposições. ?O Leonardo somente nos assustou um pouco ao dizer que a taxa do lixo deve se tornar um fato daqui a algum tempo, como já acontece em outras cidades pelo mundo. No meu entender, o grande gerador, que paga a coleta de seu próprio lixo, não deveria ser taxado.?

Sully Alonso Guastella, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), também gostou do encontro. ?Sou do Conselho de Política Urbana da ACSP, que trabalha com os Comitês Técnicos nas várias distritais da entidade. O caminho é esse que a Viva o Centro está propondo. Ações separadas não são fortes.?

Para Roberto Cruz, da Companhia do Metrô, quanto mais organizado estiver melhor. ?O metrô está nos quatro cantos do Centro. Hoje tem uma empresa contratada que recolhe seu lixo e não deixa nada na calçada, mas tem gente que põe saco de lixo na porta das estações. Já fomos multados por isso. A boa notícia é que em breve estaremos entrando na gestão ambiental, em resposta à lei federal."

 

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