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Saiba Mais +A Associação Viva o Centro esteve representada pelo Presidente da Associação, Dr. Edison Farah, na emocionante solenidade de homenagem ao centenário do Centro Universitário Belas Artes e às personalidades que moldam a educação no Brasil. O evento, realizado na Câmara Municipal de São Paulo, foi um tributo ao legado das Belas Artes e um reconhecimento aos profissionais que dedicam suas vidas à transformação da educação.
A cerimônia, idealizada pelo vereador Guilherme Nascimento Junior, reuniu educadores, líderes e personalidades de destaque no cenário educacional. O presidente da entidade, Associação Viva o Centro, Edison Farah, prestigiou o evento e expressou sua admiração pelo trabalho realizado pelo professor Paulo Gomes Cardim, reitor da Belas Artes e também membro do quadro de conselheiros da Associação Viva o Centro e por todos os homenageados.
"É uma honra participar desta celebração. A Belas Artes é um patrimônio da nossa cidade, um farol que ilumina o caminho da educação e da cultura. O professor Paulo Gomes Cardim e sua equipe estão de parabéns pelo trabalho exemplar que realiza", declarou Edison Farah.
A solenidade foi marcada por discursos emocionados, que enfatizaram a importância da educação para o desenvolvimento do país e a necessidade de valorizar os profissionais que se dedicam a essa nobre missão. O evento também foi um espaço de reflexão sobre os desafios da educação no século XXI, com a realização de palestras e debates sobre temas como inovação, transformação digital e o futuro do ensino.
Palavras do Professor Doutor Paulo Cardim.
Discurso do Magnífico Reitor na Câmara Municipal de São Paulo, por ocasião da homenagem aos 100 anos da Belas Artes
Senhoras e Senhores
Primeiramente gostaria de agradecer por esta homenagem de hoje, que muito nos sensibilizou e comoveu, pelo reconhecimento e valoração de um trabalho que culmina neste ano de 2025, com 100 anos de funcionamento ininterrupto a serviço da Educação, da Cultura e da Arte no Brasil.
Agradeço ao meu amigo Dr. Arthur Sperandéo de Macedo, Presidente da ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários pela carinhosa iniciativa; à Profa. Aline Alves de Andrade, presidente do Comitê de Educação da Elite Academy Brasil que gentilmente organizou este evento e, finalmente ao Sr. Caique Groff, Presidente da Elite Holding Interprise que viabilizou todas as providências para realização do mesmo.
Agradeço ainda pelo apoio da Câmara Municipal de São Paulo, na pessoa do querido Vereador Gilberto Nascimento Junior.
Antes de iniciar minha fala, peço licença para apresentar algumas singularidades sobre a nossa Belas Artes.
Quando uma empresa alcança 100 anos de funcionamento já é uma grande singularidade!
Quando esta mesma empresa atua no Brasil e alcança 100 anos de funcionamento ininterrupto, é uma singularidade maior ainda!
Quando esta empresa também é familiar e, nesses 100 anos, jamais teve problemas administrativos ou judiciais de sucessão, tem mais um destaque importante e é um diferencial à parte!
Quando esta empresa, familiar, com 100 anos de funcionamento ininterrupto, atua no segmento de ensino superior, essa singularidade se torna uma exceção!
E quando esta empresa chama a atenção pela sua perenidade, atuando na educação superior brasileira, na área artística, e ministra todos os seus cursos com absoluta qualidade, comprovada pelo MEC em todas as suas notas máximas "5", obtidas em todas as avaliações, merece uma nota de orgulho!
E esta é a nossa Belas Artes!
Um pouco de história: Em 23 de setembro de 1925 foi criada a então ACADEMIA DE BELLAS ARTES DE SÃO PAULO, pelo Professor Doutor Pedro Augusto Gomes Cardim que, junto com Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Benedito Calixto e outros pioneiros no grupo de professores, fizeram nascer e deram vida a essa escola!
Juntamente com a criação do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e do Theatro Municipal de São Paulo, na mesma época e com a participação deste mesmo Professor Pedro Augusto Gomes Cardim, possibilitou-se, no início do século 20, o encontro do conhecimento e da teoria relacionados à Arte, com a prática no ensino superior, já vislumbrando, naquela ocasião, a importância da qualidade absoluta nesse encontro.
Visionário extraordinário e célebre empreendedor da cultura e iniciando com os cursos de Pintura, Escultura e Gravura, Pedro Augusto plantou sua concepção de arte com as palavras ditas por ele na ocasião:
"Uma Academia não é fábrica de produtos cerebrais, morais ou artísticos, nem de aptidões e talentos. É o centro cultivador de aptidões naturais, onde são desenvolvidas e se tornam aptas para frutificar".
O tempo passou e, a partir dos anos 60 o entusiasmo e os sonhos tomaram conta da Academia que, nesses anos, havia se transformado primeiro em
Escola de Belas Artes de São Paulo e, em seguida,
Faculdade de Belas Artes de São Paulo.
E aí veio a segunda geração familiar, sob a gestão do Engenheiro Arquiteto Carlos Alberto Gomes Cardim Filho (meu tio); Dr. Paulo Gomes Cardim - professor e advogado (meu pai); além do Professor e Escultor Vicente Di Grado; do Professor Engenheiro Hésion Sandeville e do Professor e Médico Dr. Mário Otobrini Costa, quando observou-se a necessidade de evoluir e expandir com o acréscimo de mais atividades educacionais e a otimização dos espaços utilizados pelos corpos docente e discente, sendo fundamental a mudança para a Unidade Vila Mariana que ocorreu na década de 80.
Mas desde os anos 70 se formava a terceira geração da família, que já auxiliava na gestão da nossa Belas Artes e, naquela época já estávamos a todo vapor, eu e meu primo Arquiteto Luciano Octávio Ferreira Gomes Cardim, a quem presto aqui minhas homenagens póstumas.
Foi um trabalho árduo mas sempre gratificante!
Com a mudança para a Vila Mariana e a construção da Unidade 2 em 1999 e ainda, a abertura da Unidade 3 logo em seguida, exclusiva para os cursos derivados da área de Design, pudemos criar outros novos cursos, e nos consolidamos como o CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO, com um aumento significativo no número de funcionários e professores, além de uma grande expansão de títulos em nosso acervo bibliotecário, a serviço e à disposição de nossos professores e alunos.
Que bom se "ele", o nosso eterno Professor Pedro Augusto Gomes Cardim, pudesse ver o quanto seu trabalho frutificou e o que se tornou, após 100 anos: o "Centro Universitário Belas Artes de São Paulo", com excelência em seus mais de 80 cursos de graduação, pós-graduação e Cursos Livres, para mais de 7 mil alunos, além do Programa Especial de Formação Pedagógica.
Chegamos em 2025!
E chegamos à 4ª geração!
100 anos se passaram! Dediquei mais de 60 anos da minha vida à Belas Artes, com muito orgulho e, agora, com a sensação do dever cumprido, pelos resultados alcançados, sempre guiados pelas nossas reflexões e decisões baseadas no tripé:
Amor, Fé e Ética.
Hoje, consolidando cada vez mais o caminho de sucesso da "Jovem casa de velhas tradições", carinhoso apelido da Instituição, e ocupando quase quarenta mil metros quadrados, já temos mais três Unidades: Cidade Jardim, Paraíso e Votorantim, todas elas vibrando diariamente com puro conhecimento e arte!
Nossa Biblioteca se transformou em um grande "Centro Gestor da Informação" com incríveis trezentos mil títulos, distribuídos em quatro Bibliotecas, e contemplando todos os nossos cursos de graduação, pós-graduação, cursos livres e um Programa de Mestrado Profissional, além de manter vários Programas com o intuito de promover a democratização do acesso à leitura.
Através do nosso Centro Gestor da Informação, atendemos mensalmente, trinta e quatro instituições tais como creches, asilos, comunidades carentes, hospitais e institutos, com ações de desenvolvimento de hábito de leitura e ações sociais tais como, alimentos, material escolar e materiais recicláveis. Além disso, mantemos sob nossos cuidados, três Bibliotecas Comunitárias: a Biblioteca da Comunidade de Heliópolis, a Biblioteca da Favela do Moinho e a Biblioteca da Ocupação Mauá.
Além disso, o nosso Centro Gestor da Informação ainda criou, em 2013, a nossa Biblioteca Infantil Multilíngue que hoje conta com mais de vinte mil títulos, sendo a maioria deles em língua estrangeira, atendendo escolas de educação fundamental e a comunidade em geral.
Quero fazer aqui uma homenagem da Belas Artes à nossa querida Eduarda Porto Sousa, carinhosamente chamada de Duda, a quem agradeço em nome de toda a nossa comunidade pela sua iniciativa e grande empenho, o que possibilitou a criação da Biblioteca Infantil Multilíngue.
E para fechar com chave de ouro, nos orgulhamos de possuir no nosso Centro Gestor da Informação, um fantástico acervo de livros raros, dos séculos 18, 19, 20 e 21, com oito mil títulos, além de vários acervos entregues aos nossos cuidados, de artistas plásticos e arquitetos ilustres e premiados.
Outro grande motivo de orgulho para nós foi a criação em 2007 do Museu Belas Artes -o MuBA, através da feliz iniciativa do nosso Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo à época, Professor Arquiteto Turguenev Roberto de Oliveira. Desde então e até o momento, o MuBA já conta com um acervo de duas mil e quinhentas obras e promove em média 18 exposições anuais, em diversos espaços, gratuitamente e com acesso livre ao público, com o objetivo de documentar o desenvolvimento das Artes, da Comunicação, da Arquitetura e do Design, viabilizando o contato do público com a Arte, além de organizar, conservar e expor a memória da nossa Instituição.
Mas o mais importante para nós é que todas essas expansões foram cuidadosamente acompanhadas com muito zelo para a manutenção da absoluta qualidade no ensino ministrado e, por isso, temos recebido permanentemente a nota máxima do MEC através de suas comissões verificadoras.
Para atingirmos este diferencial, nós na Belas Artes, adotamos integralmente a Filosofia do saudoso Professor Zeferino Vaz, fundador e primeiro Reitor da UNICAMP - Universidade de Campinas, que destacava como pedra fundamental para a qualidade do ensino e sua manutenção, o tripé: Professor, Biblioteca e Laboratório.
Mas e agora? E o Futuro?
O que planejamos para os próximos 100 anos?
Talvez a maior dádiva que qualquer empresa e, principalmente, a familiar, possa receber, é saber preparar com muito cuidado e muito carinho a questão da necessária sucessão. Infelizmente, boa parte das empresas não consegue passar da segunda geração.
Para obtenção de uma sucessão familiar exitosa, além de toda a base construída pelos pioneiros, há que se ter parentes vocacionados ou filhos que não sejam somente herdeiros, mas que vejam precocemente no trabalho de seus pais, um sinal do que pode ser a sua futura carreira profissional, principalmente conservando a Filosofia original da empresa que, no nosso caso é o tripé:
Amor, Fé e Ética.
Hoje posso dizer que estamos no tempo da maturidade para consolidação do perfil e da vocação para minha sucessão, nas pessoas de minha filha Professora Mestre Patrícia Gomes Cardim e meu genro Dr. Carmine Avena Junior, os quais, com certeza, preservarão a identidade da Belas Artes e superarão todas as adversidades e desafios futuros que, sabemos, não serão poucos, bem como alcançarão novos feitos e novas metas pois, como disse e reafirmo, Patrícia e Carmine saberão se reinventar na tradição e pelas suas mãos levarão a nossa Belas Artes a chegar aos 200 anos!
Por isso, Patrícia e Carmine, que já trilham seus caminhos profissionais de envolvimento com a perenidade da nossa Belas Artes, recebam com carinho e gratidão a minha homenagem em nome de todos aqueles que um dia sonharam e realizaram seus sonhos trabalhando e participando dessa grande Entidade de Ensino que é a nossa Belas Artes.
Muitíssimo obrigado!