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Policiamento comunitário passa da filosofia à ação
"As boas experiências internacionais em policiamento comunitário
nos servem de exemplo, mas nosso objetivo é a criação de um modelo
brasileiro próprio, que será um dos melhores do mundo." Embora
aparentemente otimista, a afirmação, feita pelo major Miguel
Libório Cavalcante Neto, coordenador do Departamento de Polícia
Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar, pode estar cada
vez mais próxima da realidade. O Brasil está avançando rapidamente
rumo a um plano eficaz de policiamento comunitário, e o Centro de
São Paulo é uma das regiões propulsoras desse processo, mirando-se
em exemplos bem-sucedidos ao redor do mundo.
Exemplos no exterior
O policiamento comunitário nos Estados Unidos, por exemplo, age há
20 anos em duas frentes diferenciadas: a união da coletividade e de
diversos órgãos públicos no combate à violência e a prática de
ações sociais para coibir o ingresso de jovens ao crime. Os
cidadãos norte-americanos são os grandes beneficiados dessa
integração entre polícia e sociedade. No Canadá, a experiência já
tem mais de um século e o total apoio da população. "A implantação
do policiamento comunitário possibilita uma queda real dos índices
de criminalidade", diz Carlos Beutel, presidente da AÇÃO LOCAL
Barão de Itapetininga.
O Japão, por sua vez, adota a filosofia de policiamento
comunitário há surpreendentes 166 anos. Lá existem dois programas
bastante curiosos: o Koban, que consiste na construção de bases
comunitárias dentro dos postos policiais, responsáveis pelas rondas
em residências, cadastros de novos moradores e resolução de
problemas sociais, e o Shuzaicho, que estabelece o funcionamento da
base policial dentro da própria casa do soldado, que fica conhecida
como posto policial residente.
"Algumas pequenas cidades de São Paulo já estão adotando esse
modelo", afirma o major Libório. Para ele, as iniciativas japonesas
de segurança são fruto de um espírito milenar de participação e de
ordem. "No Brasil, ainda não existe uma cultura popular em
participar ativamente da segurança e do policiamento", afirma o
major.
Difusão do conceito Visando a essa conscientização por parte
dos usuários do Centro, as AÇÕES LOCAIS receberam na Viva o Centro,
no início de agosto, o major Libório para uma palestra sobre a
filosofia que sustenta o conceito de policiamento comunitário,
assim como sua aplicação prática, por meio da integração entre
policiais e comunidade. "Temos trabalhado há quatro anos na
implantação da idéia no Centro", afirma Eliana Sales, integrante do
Conselho de Segurança do Centro (Conseg-Centro) e diretora de
Segurança do núcleo República II. "A participação tanto da polícia
como da coletividade é decisiva para nosso sucesso." O policiamento
comunitário é também um dos pilares do Programa Centro Seguro, cuja
comissão, de que faz parte a Viva o Centro, estará entregando
propostas ao governador proximamente.
Opinião |
Policiamento comunitário, conquista a
preservar Entre nós, a experiência do policiamento comunitário ainda não teve tempo de consolidar-se - tem menos de quatro anos -, mas em países como o Canadá e o Japão, onde já ultrapassou um século, está mais do que consagrada por sua eficiência no provimento de segurança, combate à delinqüência e respeito aos direitos humanos. No começo de agosto, a Associação Viva o Centro e o Programa AÇÃO LOCAL receberam para uma palestra um dos responsáveis pela implementação dessa filosofia de policiamento, o major Miguel Libório Cavalcante Neto, chefe do Departamento de Polícia Comunitária da PM. Segundo o major, o conceito de polícia comunitária acha-se contido em uma filosofia organizacional na qual interagem todos os órgãos policiais responsáveis pela segurança pública e a comunidade. Por essa filosofia, os cidadãos têm suas reivindicações e sugestões constantemente ouvidas por esses órgãos, com a finalidade de aprimorar-se a interatividade e tornar o serviço cada vez mais eficaz. Na prática, o conceito se traduz na ação de policiar em conjunto. A polícia utiliza-se dos "olhos e dos ouvidos" de quem reside e/ou utiliza determinada região para potencializar sua capacidade de prevenir crimes e manter a ordem. No Centro, a coletividade organizada em AÇÕES LOCAIS não só aderiu integralmente a essa filosofia como reconhece sua eficácia na redução da criminalidade. Em síntese, qualquer retrocesso em sua implementação significará atraso, ainda que não necessariamente o seu abandono, ainda mais porque a comissão encarregada pelo governador Geraldo Alckmin de elaborar um plano de reforço à segurança no Centro, dentro do Programa Centro Seguro, tem no policiamento comunitário uma de suas principais sustentações. [Nota] Pátio do Colégio recupera seu perfil cultural Entre nós, a experiência do policiamento comunitário ainda não teve tempo de consolidar-se - tem menos de quatro anos -, mas em países como o Canadá e o Japão, onde já ultrapassou um século, está mais do que consagrada por sua eficiência no provimento de segurança, combate à delinqüência e respeito aos direitos humanos. No começo de agosto, a Associação Viva o Centro e o Programa AÇÃO LOCAL receberam para uma palestra um dos responsáveis pela implementação dessa filosofia de policiamento, o major Miguel Libório Cavalcante Neto, chefe do Departamento de Polícia Comunitária da PM. Segundo o major, o conceito de polícia comunitária acha-se contido em uma filosofia organizacional na qual interagem todos os órgãos policiais responsáveis pela segurança pública e a comunidade. Por essa filosofia, os cidadãos têm suas reivindicações e sugestões constantemente ouvidas por esses órgãos, com a finalidade de aprimorar-se a interatividade e tornar o serviço cada vez mais eficaz. Na prática, o conceito se traduz na ação de policiar em conjunto. A polícia utiliza-se dos "olhos e dos ouvidos" de quem reside e/ou utiliza determinada região para potencializar sua capacidade de prevenir crimes e manter a ordem. No Centro, a coletividade organizada em AÇÕES LOCAIS não só aderiu integralmente a essa filosofia como reconhece sua eficácia na redução da criminalidade. Em síntese, qualquer retrocesso em sua implementação significará atraso, ainda que não necessariamente o seu abandono, ainda mais porque a comissão encarregada pelo governador Geraldo Alckmin de elaborar um plano de reforço à segurança no Centro, dentro do Programa Centro Seguro, tem no policiamento comunitário uma de suas principais sustentações. |
Agita Roosevelt, fora de série
Foi um sucesso a 3ª edição do evento esportivo-cultural Agita
Roosevelt (foto), em 31 de agosto. Enquanto a AR-Sé providenciou a
limpeza e rejardinagem da praça, a Secretaria de Estado dos
Esportes, Associação Cristã de Moços, Colégio Caetano de Campos,
Fundação Projeto Travessia e AÇÃO LOCAL Roosevelt encarregaram-se
de organizar a melhor das edições até agora
Monumento a Carlos Gomes, novo em folha
O Monumento a Carlos Gomes, que estará completando 80 anos em
2002, renovou-se completamente - das esculturas em homenagem ao
compositor, incluindo personagens de suas óperas, à Fonte dos
Desejos, na Praça Ramos de Azevedo. Restaurado graças a uma
parceria entre as Indústrias Klabin e a Prefeitura, com apoio da
AÇÃO LOCAL Ramos de Azevedo, o conjunto foi entregue à cidade em 10
de setembro, às 19h, em cerimônia que contou com a exibição do
Coral Paulistano e músicos da Orquestra Sinfônica Municipal,
seguida de coquetel no Museu do Teatro Municipal.
Vieira de Carvalho e Arouche, modelo de publicidade para
quadrilátero-piloto
Com base na elegância das placas de identificação externa dos
estabelecimentos comerciais das ruas Vieira de Carvalho e do
Arouche, a Prefeitura iniciou em agosto um programa de combate à
poluição visual no quadrilátero do Plano Reconstruir o Centro,
compreendido entre as avenidas Ipiranga e São João e as ruas 7 de
Abril e Conselheiro Crispiniano. A primeira medida foi implantar um
escritório de orientação técnica no mezanino do 77 da Rua 24 de
Maio, aberto até a segunda metade de setembro às terças, quartas e
quintas-feiras, das 14h às 17h. Os comerciantes podem esclarecer
dúvidas sobre o que diz a legislação quanto, por exemplo, às
proporções dessas placas, antes que a Administração Regional da Sé
(AR-Sé) inicie a fiscalização. O objetivo é alcançar os mesmos
resultados obtidos na Vieira e Arouche, cujos comerciantes aderiram
à readequação dos anúncios ainda na gestão Luiza Erundina, com
aumento de 20% nas vendas. "Essas ruas são um exemplo, fruto de um
trabalho inédito entre poder público e comércio", diz a arquiteta
Clara Ant, responsável pela AR-Sé. "Estamos tentando multiplicar
esse resultado." O formato charmoso da publicidade nessas ruas é
mantido até hoje. "Se todos os comerciantes, como nós, se
conscientizarem da importância de colocar um fim na 'baderna dos
anúncios', todos vão ganhar", afirma Atemiro Oliveira, assessor da
Diretoria da Rede Bourbon de Hotéis, que possui uma unidade na
Vieira de Carvalho.
Yazigi: bolsas, agora para policiais civis
Acaba de ser firmada uma parceria entre o comando da Polícia Civil
e a escola Yazigi Internexus para que os policiais civis que servem
o Centro recebam bolsas de estudo para cursos de inglês, a exemplo
do que já acontece com 20 soldados da 1ª e da 2ª Cias. do 7º
Batalhão da Polícia Militar (PM). O domínio desse idioma facilitará
a prestação de informações a turistas estrangeiros em visita à área
central.
Projeto da Jaceguai vai sair do papel
O Grupo Silvio Santos, que agrega a Liderança Capitalização,
associada à Viva o Centro, está prestes a iniciar a construção de
seu centro de entretenimento, lazer e cultura na Rua Jaceguai. O
projeto conta com o apoio da AÇÃO LOCAL Maria Paula. Enquanto
aguarda, a empresa investe em intervenções urbanas e de zeladoria
na região, já como parte do Projeto Bela Vista Viva! Dentro desse
projeto, em 12 de setembro acontece uma reunião aberta com a
coletividade para definir as estratégias de requalificação do
bairro, no Teatro Sérgio Cardoso, a partir das 11h30.
InterAção analisa os três meses do plano Reconstruir o
Centro
Moradores, comerciantes, empresários e trabalhadores da área onde
a Prefeitura vem colocando em prática o Plano Reconstruir o Centro
gostariam que as mudanças já verificadas na Rua Barão de
Itapetininga se estendessem a todo o quadrilátero, isto é, às ruas
24 de Maio, Marconi, 7 de Abril, Dom José de Barros e Conselheiro
Crispiniano e às avenidas São João e Ipiranga. Desde seu lançamento
pela Prefeitura, no dia 12 de junho, as ações, segundo os usuários
do quadrilátero, foram poucas, se comparadas aos problemas
persistentes.
Na Barão, a AR-Sé providenciou limpeza e pintura de postes, troca
de lâmpadas e operações tapa-buracos. Retirou camelôs durante o
horário comercial e tem recolhido moradores de rua à noite. "A
circulação melhorou bastante, mas os plaqueiros e as placas de
publicidade ainda atrapalham muito", diz o joalheiro Vicente Buono,
há pelo menos 50 anos na Barão. Em todo o quadrilátero continuam
problemas sérios como poluição visual, limpeza precária,
inadequação do mobiliário urbano, ruído excessivo, pichação,
panfletagem e, à exceção da Barão, população de rua, camelôs e
alimentação ao ar livre.
Muito elogiada tem sido a iniciativa da Escola de Cidadania
Urbana, série de palestras proferidas por técnicos sobre temas
ligados aos direitos e deveres dos cidadãos, realizadas às
quintas-feiras pelas AÇÕES LOCAIS 24 de Maio e Barão de
Itapetininga e pela AR-Sé. "O estado do quadrilátero só vai
melhorar de fato com essa educação e conscientização por parte de
todos os segmentos sociais", acredita o advogado Silvio Luiz de
Almeida, que presta serviços na Barão de Itapetininga há um
ano.
Cachorro na rua, dejeto no saquinho
A AÇÃO LOCAL Maria Paula lançou um folheto com ilustrações
bem-humoradas que estimulam o comportamento cidadão. Uma delas é
sobre o procedimento mais adequado ao se levar o cachorro para
passear. Segundo o panfleto, o ideal é carregar sempre um saquinho
plástico para recolher as fezes do animal, e assim manter a limpeza
do espaço público.
Travessia de pedestres: obstáculos à vista
Perdeu utilidade a faixa de pedestres da esquina da Avenida São
João com a Rua Conselheiro Crispiniano. Ao atravessar a Crispiniano
em direção ao Boulevard São João, o pedestre corre o risco,
chegando à calçada, de tropeçar em obstáculos piramidais de
concreto. A obstrução, proibida pelo Código Nacional de Trânsito,
pode se tornar a causa de vários acidentes.