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EDIÇÃO: 70

Centro já planeja decoração para o Natal 

Decorações natalinas e eventos culturais diferenciados devem conferir ao Natal do Centro um sabor especial em 2001, possibilitado pela crescente requalificação da área. Diversas AÇÕES LOCAIS já estão se preparando para adornar suas ruas e praças e oferecer programas especiais aos usuários de suas microrregiões. A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que freqüentemente recebe prêmios de decoração de Natal, também promete voltar a emocionar a população este ano. 

O mesmo está acontecendo com estabelecimentos comerciais e culturais da região central, como o Shopping Light, o Teatro Municipal e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-SP), cujos prédios ficarão enfeitados no final do ano. O otimismo dos administradores se deve, em grande parte, à autorização dada pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica a prefeituras e empresas para instalar iluminação natalina entre os dias 10 de dezembro e 6 de janeiro. O consumo, porém, deverá limitar-se à metade do verificado no ano passado. As luzes devem ser acesas entre as 18h e 0h, e, nas vésperas do Natal e Ano Novo, até as 6h do dia seguinte. 

O Shopping Light pretende usufruir ao máximo da possibilidade de iluminação de sua histórica fachada. No dia 23 de novembro, às 19h, inaugura no Viaduto do Chá sua decoração de Natal, ao som das vozes de 210 crianças do Coral Eco Arte. A decoração externa, além das luzes, incluirá um presépio. No interior, imitação de neve, árvores e até o trono do Papai Noel farão a festa das crianças. O Teatro Municipal (foto), por sua vez, está organizando uma programação especial para dezembro e terá seu prédio enfeitado pela diretora artística Conceição Cipolatti. A decoração será instalada entre 10 e 15 de dezembro, tendo a paz como tema. 

AL Maria Paula promove eventos para moradores do Centro 

A AÇÃO LOCAL Maria Paula mal completou um semestre de fundação e já está mobilizando os usuários de sua microrregião, a maioria moradores, para uma série de atividades, entre elas programas sociais com crianças e adolescentes, eventos culturais e de lazer com idosos e negociações com o poder público a fim de conquistar melhorias para as ruas e praças locais. 

Em 10 de novembro, os integrantes do núcleo, em parceria com a Prefeitura, realizaram várias ações na Praça General Craveiro Lopes, localizada quase defronte à Câmara Municipal, em prol da requalificação da área. Elaboraram um mosaico, que deverá decorar o muro da praça, plantaram as árvores e participaram de um piquenique. No dia 11, integraram uma excursão a um hotel-fazenda em Mogi das Cruzes, onde puderam pescar, nadar e fazer caminhadas. "A iniciativa é excelente", diz Ondina Antunes, moradora da praça há 30 anos. "O lugar estava muito abandonado. Somente agora minha neta de 7 anos (foto menor)pôde descer do apartamento para brincar." 

O esforço do núcleo foi reconhecido pelo poder público. Segundo Onélio Argentino Júnior, responsável pelo setor de serviços públicos da Administração Regional da Sé (AR-Sé), a praça e as ruas do entorno ganharão novos canteiros, poda de árvores e um parque infantil renovado. 

Participação, sim. Mas com proveito 

A população nunca foi tão instada a opinar, a expressar o que deseja para São Paulo, como agora. Estão aí, para reflexão, debate e sugestões uma proposta de Plano Diretor, um projeto de subprefeituras e o Orçamento Participativo, entre tantos outros itens relacionados diretamente ao futuro da cidade e à melhora da qualidade de vida de seus habitantes. Mas como obter frutos dessa participação? 

Sem dúvida, é fundamental que a sociedade se informe e discuta a legislação que irá orientar o destino da cidade. Somente assim pode se posicionar criticamente e formular suas próprias propostas. É verdade que a atual gestão municipal, diferentemente das anteriores, tem providenciado reuniões e encontros com essa finalidade. Entre os exemplos estão os encontros semanais da Escola de Cidadania Urbana, que reúnem integrantes das AÇÕES LOCAIS e representantes da Administração Regional da Sé (AR-Sé) e outros órgãos da Prefeitura para implementar o Programa Reconstruir o Centro, e a exposição do secretário Jorge Wilheim para a comunidade do Centro, no final de outubro, do Plano Diretor formulado pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (Sempla). Convocada a comunidade está sendo e, no caso do Centro, principalmente em função do sistema de AÇÕES LOCAIS, está respondendo à altura. 

O que é preciso agora é que a Prefeitura crie um sistema de registro, avaliação e implementação das sugestões, no qual as contribuições de organizações da sociedade civil e mesmo as individuais possam de fato ser levadas em conta pelo poder público. 

AÇÃO LOCAL Brigadeiro Tobias em formação 

Está nascendo mais uma AÇÃO LOCAL. Trata-se do núcleo da Rua Brigadeiro Tobias, cujos moradores, comerciantes, empresários e freqüentadores já promoveram algumas reuniões e estão realmente empenhados na recuperação da área. O encontro de formação da diretoria aconteceu no dia 12 de novembro, às 19h30, no Grupo Lund, que congrega editoras de publicações especializadas, situado à Rua Brigadeiro Tobias, 356. 

Lixo no calçadão 

Papelão, caixas, latas, sacos plásticos e toda espécie de entulho têm sido acumulados no início da Rua 24 de Maio, atravan-cando o passeio e favorecendo a proliferação de ratos e inseto 

Furto de instalações públicas é a mais nova modalidade de crime 

Caso a administração pública não tome medidas urgentes de precaução, o erário municipal corre o risco de sofrer sério prejuízo com a crescente depredação de seus equipamentos. Um exemplo foi o que ocorreu nas proximidades do número 278 da Praça Roosevelt, em 20 de outubro. Um homem foi flagrado por integrantes da AÇÃO LOCAL Roosevelt furtando fios de cobre da rede elétrica localizada na via pública. Encaminhado ao 4º Distrito Policial, o criminoso foi preso em flagrante, portando marreta e faca para praticar o furto. Tomando vulto rapidamente, esse tipo de crime prejudica duplamente a coletividade. Além de possibilitar o lucro do criminoso, que retira e vende com relativa facilidade a instalação pública, inutiliza o serviço prestado pela citada estrutura. No caso específico do furto de fiações da Roosevelt, a praça vinha sofrendo sucessivos "apagões", sem que nenhuma causa aparente fosse detectada. Escuro, o logradouro tornava-se ainda mais propenso à ação dos criminosos, como traficantes de drogas e os próprios ladrões de fios. Quem flagrar crimes desse tipo pode ligar para o tel. 190 e chamar a polícia. Tendo informações que possam levar ao responsável, acione o Disque-Denúncia (0800-156315) e registrar anonimamente uma queixa. 

Casa Taiguara procura advogados voluntários 

A organização não-governamental (ONG) Casa Taiguara, que atua desde 1996 no trabalho de recuperação de crianças e adolescentes em situação de rua nas microrregiões alcançadas pelo Programa AÇÃO LOCAL, está precisando de voluntários para formar seu Grupo de Apoio Jurídico. Esses colaboradores cooperarão no atendimento técnico aos jovens, na orientação jurídica da entidade e no acompanhamento de processos em Varas Especiais de Infância e da Juventude. Os interessados devem entrar em contato com a Casa Taiguara (tel. 239-3146), ou com sua mantenedora, a Moradia Associação Civil (tel. 3667-9158). 

Prefeita recusa mudanças na lei do silêncio 

Respondendo a um anseio da coletividade, a prefeita Marta Suplicy vetou o projeto de lei de autoria do vereador Carlos Apolinário (PGT) que amenizaria a punição a templos religiosos denunciados por poluição sonora. O projeto determinava que os decibéis passassem a ser medidos da casa do reclamante e não junto à fonte produtora de ruído, além de atenuar as multas e permitir outras regalias. Com isso, a atual lei do silêncio permanece em vigor. Como já noticiado no número 63, o InterAção continua recebendo denúncias de poluição sonora pelo e-mail aline@vivaocentro.org.br. 

Cartões do Projeto Travessia já à venda 

Com apoio da Fundação BankBoston e da Viva o Centro, a Fundação Projeto Travessia, dedicada ao trabalho com menores em situação de rua, volta a oferecer os cartões produzidos por sua Oficina de Artes, que anualmente realiza concurso de seleção dos melhores desenhos produzidos por crianças e adolescentes atendidos pela entidades e por outras entidades parceiras. Os cartões de Natal, cuja venda é revertida à manutenção do atendimento a esses jovens, estão à venda pelo tel. 3105-1059 (ramal 217) ou pelo sitewww.travessia.org.br, a R$ 0,80 e R$ 1. 

Imóveis tombados, a um passo da identificação física 

Atendendo a uma antiga reivindicação das AÇÕES LOCAIS, estimulada principalmente por um trabalho da AÇÃO LOCAL São Luís, o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), órgão da Secretaria Municipal da Cultura, acaba de divulgar o modelo das placas que serão instaladas para demarcar imóveis tombados pelo patrimônio histórico no Centro. Segundo a historiadora Maria Candelária Moraes, da Seção Técnica de Divulgação e Publicação do DPH, o objetivo da colocação das placas identificadoras, cuja existência é obrigatória por lei, é conscientizar a coletividade sobre a importância do patrimônio histórico. "É um trabalho de educação patrimonial voltado à cidadania que objetiva o reconhecimento, pela população, dos imóveis tombados", explica Maria Candelária. As placas serão em alumínio, no tamanho 210 mm por 297 mm, e custarão cerca de R$ 15 cada uma. "Para o financiamento, estamos estudando políticas de parceria." Dirigentes da AÇÃO LOCAL São Luís estão negociando o patrocínio com a Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo. Após alcançado o montante, o DPH deve iniciar a implantação nos 68 imóveis protegidos pelo patrimônio histórico situados no quadrilátero piloto compreendido entre as ruas 7 de Abril e Conselheiro Crispiniano e as avenidas Ipiranga e São João. Depois, a medida deve se estender a todo o Centro. 

Roosevelt e São João/Júlio Mesquita já têm know how em eventos comunitários 

A realização de eventos envolvendo a população moradora do Centro, iniciativa que sempre rendeu bons frutos às AÇÕES LOCAIS, não é exclusividade da AÇÃO LOCAL Maria Paula. Dois exemplos marcantes são os dos núcleos Roosevelt e São João/Júlio Mesquita. O primeiro organiza anualmente o evento esportivo-cultural Agita Roosevelt, apoiado pela Secretaria de Estado dos Esportes e Turismo - hoje Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer -, Associação Cristã de Moços (ACM), Colégio Caetano de Campos e Fundação Projeto Travessia. A São João/Júlio Mesquita, por sua vez, realizou este ano todo o evento dominical "Brincando na Praça", das 10h às 18h, com shows, mutirões de limpeza, brincadeiras infantis e barracas de alimentação. O sucesso foi tanto que o núcleo conseguiu até mesmo o fechamento do trânsito da praça durante a realização do evento. Atualmente, a AÇÃO LOCAL São João/Júlio Mesquita busca patrocínio para a continuidade da festa e para a recuperação total do logradouro. 

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